Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 22
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1 Ora,
aconteceu que Amon e o rei Lími começaram a consultar o povo sobre como
poderiam livrar-se do cativeiro; e fizeram com que todo o povo se reunisse; e
fizeram isso para ouvir a voz do povo acerca do assunto.
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2 E aconteceu
que não conseguiam descobrir um meio para livrarem-se do cativeiro, a não ser
que tomassem suas mulheres e filhos e seus rebanhos e suas manadas e suas
tendas e partissem para o deserto; porque, sendo os lamanitas tão numerosos,
era impossível ao povo de Lími lutar com eles, na esperança de poderem
livrar-se do cativeiro pela espada.
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A única arma
pré-colombiana que eu descobri que era semelhante a uma espada era a
macuahuitl, que era feita com uma tábua de madeira de forma semelhante a um
bastão de críquete com lâminas de obsidiana montadas nas bordas. É semelhante
o suficiente para uma espada que é muitas vezes referida como a espada
asteca.
No entanto, o
macuahuitl não parece se encaixar no período de tempo do Livro de Mórmon.
“Alguns grupos do México central, principalmente na transição entre o
começo e o fim do período pós-clássico, provavelmente desenvolveram essa
arma” (ênfase adicionada, Dr. Marco Antonio Cervera Obregón, “The macuahuitl:
an innovative weapon of the Late Post-Classic in Mesoamerica,” Arms &
Armour, Vol.3, Nov. 2, 2006, p. 146, artigo de um periódico de pesquisa, apenas em inglês). O período
pós-clássico é entre 900 dC e a conquista espanhola.
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3 Ora,
aconteceu que Gideão se apresentou ao rei e disse-lhe: Ó rei, até agora
muitas vezes deste ouvidos às minhas palavras, quando combatíamos nossos
irmãos, os lamanitas.
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4 E agora, ó
rei, se achas que não sou um servo inútil, ou melhor, se até aqui de alguma
forma deste ouvidos às minhas palavras e elas foram de utilidade para ti,
desejo também que escutes minhas palavras nesta ocasião; e serei teu servo e
livrarei este povo do cativeiro.
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5 E o rei
deu-lhe licença para falar. E
Gideão disse-lhe:
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6 Eis que há
uma passagem na parte posterior da muralha, atrás da cidade. Os lamanitas, ou
seja, os guardas dos lamanitas, embebedam-se à noite; enviemos, portanto, uma
proclamação a todo este povo, para que reúna seus rebanhos e manadas, a fim
de conduzi-los ao deserto durante a noite.
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7 E eu irei, de
acordo com tua ordem, pagar o último tributo de vinho aos lamanitas e eles
ficarão embriagados; e sairemos pela passagem secreta, à esquerda de seu
acampamento, quando estiverem bêbados e adormecidos.
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8 Assim
partiremos com nossas mulheres e filhos, nossos rebanhos e manadas para o
deserto; e viajaremos contornando a terra de Silom.
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9 E aconteceu
que o rei deu ouvidos às palavras de Gideão.
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10 E o rei Lími
fez com que o povo reunisse seus rebanhos e enviou o tributo de vinho aos
lamanitas; e também lhes enviou mais vinho, como presente; e beberam abundantemente
do vinho que o rei Lími lhes havia enviado.
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11 E aconteceu
que os súditos do rei Lími partiram durante a noite para o deserto com seus
rebanhos e suas manadas; e eles contornaram a terra de Silom no deserto e
tomaram a direção da terra de Zaraenla, sendo guiados por Amon e seus irmãos.
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12 E levaram
consigo para o deserto todo o seu ouro e prata e seus pertences preciosos que
podiam transportar e também suas provisões; e continuaram a viagem.
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13 E depois de
muitos dias no deserto, chegaram à terra de Zaraenla e juntaram-se ao povo de
Mosias e tornaram-se seus súditos.
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14 E aconteceu
que Mosias os recebeu com alegria; e também recebeu seus registros,
assim como os registros que haviam sido encontrados pelo povo de
Lími.
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15 E então aconteceu
que quando os lamanitas descobriram que o povo de Lími havia partido durante
a noite, enviaram um exército ao deserto para persegui-los;
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16 E depois de
tê-los perseguido durante dois dias, já não puderam seguir-lhes os rastros;
portanto, perderam-se no deserto.
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