Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Um relato da morte
de Leí. Os irmãos de Néfi rebelam-se contra ele. O Senhor adverte a Néfi que
parta para o deserto. Suas
viagens no deserto e outros relatos.
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Capítulo 1
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1 E então
aconteceu que depois de eu, Néfi, haver acabado de ensinar meus irmãos,
nosso pai, Leí, também lhes disse muitas coisas e narrou-lhes as
grandiosas coisas que o Senhor fizera por eles ao tirá-los da terra de Jerusalém.
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2 E falou-lhes
de suas rebeliões quando estavam sobre as águas e da misericórdia
de Deus, salvando-lhes a vida para que não fossem tragados pelo mar.
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3 E falou-lhes
também sobre a terra da promissão que haviam alcançado — quão
misericordioso o Senhor havia sido, avisando-nos para fugirmos da terra de
Jerusalém.
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4 Pois eis que,
disse ele, tive uma visão, pela qual sei que Jerusalém foi
destruída; e se houvéssemos permanecido em Jerusalém teríamos
também perecido.
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5 Mas, disse
ele, não obstante nossas aflições, recebemos uma terra de promissão,
uma terra escolhida acima de todas as outras; uma terra que,
segundo o convênio que o Senhor fez comigo, será uma terra para a herança de
minha posteridade. Sim, o Senhor concedeu esta terra por convênio a
mim e a meus filhos para sempre; e também a todos os que forem tirados de
outros países pela mão do Senhor.
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Isso parece deixar
bem claro que a semente de Leí deverá estar nas Américas “para sempre,” mas a
partir de agora, não há absolutamente nenhuma evidência de qualquer migração
da casa de Israel para as Américas neste período de tempo.
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6 Portanto, eu,
Leí, profetizo, de acordo com o Espírito que opera em mim, que ninguém virá
a esta terra a menos que seja trazido pela mão do Senhor.
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Assumindo que este
versículo é verdadeiro e que as Américas foram povoadas pela primeira vez por
imigrantes da Ásia, cerca de 13.000 a 15.000 anos atrás, teríamos que assumir
que Deus trouxe esses antigos asiáticos para as Américas.
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7 Portanto,
esta terra é consagrada àqueles que ele trouxer. E se acontecer que
o sirvam de acordo com os mandamentos que ele deu, será uma terra
de liberdade para eles; portanto, jamais serão reduzidos à
escravidão; se o forem, será por causa de iniquidade; porque se houver muita
iniquidade, a terra será amaldiçoada por causa deles; mas para os
justos será abençoada para sempre.
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8 E eis que é
prudente que esta terra não chegue ainda ao conhecimento de outras
nações; pois eis que muitas nações ocupariam totalmente a terra, de modo que
não haveria lugar para uma herança.
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No entanto, pelo que
entendi, na época de Leí já havia milhões de pessoas vivendo nas Américas.
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9 Portanto, eu,
Leí, obtive uma promessa de que se aqueles que o Senhor tirar de
Jerusalém guardarem seus mandamentos, prosperarão na face desta
terra; e permanecerão ignorados de todas as outras nações, a fim de que
ocupem esta terra para si próprios. E se guardarem seus
mandamentos, serão abençoados na face desta terra e não haverá ninguém para
molestá-los nem para tirar a terra de sua herança; e habitarão em segurança
para sempre.
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Em “Uma terra
prometida,” o Élder Jeffrey Holland ensinou que o dilúvio global realmente
aconteceu, que logo após o dilúvio, as Américas foram separadas do resto do
mundo e que,
“A terra prometido
foi pôr de lado. Sem habitantes, ela esperou o cumprimento dos propósitos
especiais de Deus.
Com cuidado e
seletividade, o Senhor começou quase imediatamente a repovoar a terra
prometida. Os jareditas vieram primeiro” (“A Promised Land” por Jeffrey R. Holland, apenas em inglês).
Então, de acordo com o Élder Holland, não havia ninguém nas Américas quando
os jareditas chegaram, por volta de 2000 aC. Isso é congruente com a
linguagem usada neste capítulo.
No entanto, isso
contradiz a evidência de que as Américas foram povoadas pela imigração da
Ásia a partir de 13.000 ou 15.000 anos atrás e que os ancestrais dos
indígenas americanos vieram pelo menos predominantemente (se não
exclusivamente) da Ásia. A evidência disso é esmagadora. A evidência de
qualquer migração pré-colombiana do Oriente Médio para a América é
inexistente.
(Veja também 1 Né 13:10)
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10 Mas eis que quando
chegar o tempo em que degenerarem, caindo na incredulidade, depois de
haverem recebido tão grandes bênçãos das mãos do Senhor — tendo
conhecimento da criação da Terra e de todos os homens, conhecendo as grandes
e maravilhosas obras do Senhor desde a criação do mundo; tendo recebido o
poder de fazer todas as coisas pela fé; possuindo todos os mandamentos desde
o princípio e tendo sido trazidos para esta preciosa terra de promissão pela
sua infinita bondade — eis que digo: se chegar o dia em que rejeitarem o
Santo de Israel, o verdadeiro Messias, seu Redentor e seu Deus, eis que sobre
eles recairão os julgamentos daquele que é justo.
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2 Né 1:10-11
Vamos considerar a linha do tempo disso.
- Os leítas caíram na incredulidade por volta de 400 dC.
- Eles moraram na terra razoavelmente imperturbáveis por cerca de mil anos.
- Então, depois de um milênio, eles foram dizimados pela praga e pela guerra e foram dispersados.
Um Deus todo-amoroso
realmente puniria um povo de milhões por cair na incredulidade, mesmo que a caída
na incredulidade ocorresse mais de mil anos antes? Embora que as pessoas em
questão não tivessem conhecimento sobre o Deus de Abraão? Como devemos
reconciliar isso com “reprovando prontamente com firmeza” (D&C 121:43)? E que pensa sobre as referências no Livro de Mórmon que nos dizem
que o sangue de Cristo “expia os pecados dos que . . . morreram sem conhecer
a vontade de Deus acerca de si mesmos ou que pecaram por ignorância” (Mosias
3:11 e Morôni 8:22-24)?
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11 Sim, ele
trará outras nações até eles e dar-lhes-á poder; e tirar-lhes-á
as terras de sua posse e fará com que sejam dispersados e feridos.
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Anotação para 2 Né 1:10-11 acima
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12 Sim, de
geração em geração haverá derramamento de sangue e grandes
calamidades entre eles; portanto, meus filhos, quisera que vos lembrásseis,
sim, quisera que désseis ouvidos às minhas palavras.
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13 Oh! Quisera
que acordásseis; que acordásseis de um profundo sono, sim, do sono
do inferno, e sacudísseis as pavorosas correntes que vos
prendem, que são as correntes que prendem os filhos dos homens, de modo que
são levados cativos ao eterno abismo da miséria e da dor.
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De acordo com
D&C 19:6-12, as palavras “infinito” e “eterno” não significam sem fim
quando se trata de “tormento infinito” ou “condenação eterna.” Esses
versículos da D&C explicam que essas palavras são usadas porque, “é mais
expresso do que outras escrituras, que pode funcionar no coração dos filhos
dos homens.” Como é que as pessoas provavelmente entendem essas palavras
quando as lêem? É comunicação honesta para o Livro de Mórmon usar estas
palavras se D&C 19 revela o significado real delas?
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14 Despertai! e
levantai-vos do pó e ouvi as palavras de um pai trêmulo, cujos membros
logo poreis na fria e silenciosa sepultura da qual nenhum viajante pode
retornar; uns dias mais e irei pelo caminho de toda a Terra.
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Alguns críticos do
Livro de Mórmon acreditam que Joseph tomou emprestada a frase “da qual nenhum
viajante pode retornar” de William Shakespeare, “cujo âmbito jamais ninguém
voltou” (Hamlet Ato III, Cena 1).
Eu achei algo que
acredito seria tão provável. Parece que talvez os maçons tomassem emprestado
isso de Shakespeare neste trecho encontrado em seus rituais:
“cujo âmbito jamais
ninguém voltou”
(Illustrations of Masonry, por William Morgan, [1827], apenas em inglês).
Eu acho que é tão
provável que Joseph tomou esta frase emprestada dos maçons como é que ele a
tomou emprestada dos maçons. Ele era um maçom, mas eu não acho que ele se
tornou maçom até a década de 1840.
P.S. O ritual da
maçonaria no link acima é assustadoramente similar em alguns aspectos à
investidura do templo SUD, especialmente a versão da investidura antes das
mudanças para a investidura em 1990.
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15 Mas eis que
o Senhor redimiu a minha alma do inferno; eu contemplei a sua
glória e estarei eternamente envolvido pelos braços de seu amor.
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16 E desejo que
vos lembreis de observar os estatutos e os juízos do Senhor; eis
que isto tem sido a preocupação de minha alma desde o princípio.
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17 Meu coração
tem-se enchido de pesar, de tempos em tempos, pois tenho temido que, pela
dureza de vosso coração, o Senhor vosso Deus vos visite na plenitude de
sua ira, de modo que sejais condenados e destruídos para
sempre;
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18 Ou que vos
advenha uma maldição pelo espaço de muitas gerações; e sejais visitados
pela espada e pela fome e sejais odiados e conduzidos de acordo com a vontade
e cativeiro do diabo.
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19 Oh! meus
filhos, que estas coisas não vos sucedam, mas que sejais um povo escolhido
e favorecido pelo Senhor. Porém seja feita a vontade dele, porque
seus caminhos são retidão para sempre.
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20 E ele
disse: Se guardardes meus mandamentos, prosperareis na terra; mas
se não guardardes meus mandamentos, sereis afastados de minha presença.
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21 E agora,
para que minha alma se regozije convosco e meu coração possa deixar este
mundo com alegria por vossa causa, para que eu não vá para a sepultura com
pesar e dor, levantai-vos do pó, meus filhos, e sede homens e
determinados em um só pensamento e um só coração, unidos em todas as
coisas, para não cairdes em cativeiro;
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22 Para que não
sejais amaldiçoados com uma terrível maldição; e também para não incorrerdes
no desagrado de um Deus justo, trazendo sobre vós a destruição, sim, a eterna
destruição, tanto da alma como do corpo.
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De acordo com
D&C 19:6-12, as palavras “infinito” e “eterno” não significam sem fim
quando se trata de “tormento infinito” ou “condenação eterna.” Esses
versículos da D&C explicam que essas palavras são usadas porque, “é mais
expresso do que outras escrituras, que pode funcionar no coração dos filhos
dos homens.” Como é que as pessoas provavelmente entendem essas palavras
quando as lêem? É comunicação honesta para o Livro de Mórmon usar estas
palavras se D&C 19 revela o significado real delas?
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23 Despertai,
meus filhos, cingi a armadura da retidão. Sacudi as correntes com
que estais amarrados e saí da obscuridade e levantai-vos do pó.
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24 Não vos
rebeleis mais contra vosso irmão, cujas visões têm sido gloriosas e que tem
guardado os mandamentos desde quando deixamos Jerusalém; e que foi um
instrumento nas mãos de Deus, ao trazer-nos para a terra da promissão;
porque, se não fosse por ele, teríamos perecido de fome no deserto;
não obstante, tentastes tirar-lhe a vida, sim, e ele padeceu muito
por vossa causa.
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25 E eu tremo e
temo excessivamente que, por vossa causa, ele venha a sofrer de novo; pois
eis que o haveis acusado de tentar exercer autoridade e poder sobre
vós; eu sei, porém, que ele não procurou poder nem autoridade sobre vós, mas
procurou a glória de Deus e o vosso bem-estar eterno.
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26 E por ele
ter-vos falado claramente, haveis murmurado. Dizeis que ele foi severo;
dizeis que se enfureceu convosco. Eis, porém, que sua severidade era a
severidade do poder da palavra de Deus que estava nele; e o que chamais ira
era a verdade segundo se acha em Deus, a qual ele não pôde refrear, tendo-vos
mostrado corajosamente vossas iniquidades.
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27 E é
necessário que o poder de Deus esteja com ele para que obedeçais ao
seu comando. Eis, porém, que não foi ele, mas sim o Espírito do
Senhor que estava nele que lhe abriu a boca para falar, de maneira
que não podia fechá-la.
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28 E agora, meu
filho Lamã e também Lemuel e Sam; e também vós, meus filhos, que sois filhos
de Ismael, eis que se derdes ouvidos à voz de Néfi, não perecereis. E se o
escutardes, eu vos deixo uma bênção, sim, minha primeira bênção.
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29 Mas se não o
escutardes, retirarei minha primeira bênção, sim, a minha bênção, e
ela recairá sobre ele.
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30 E agora,
Zorã, falo a ti: Eis que tu és o servo de Labão; não obstante,
foste trazido da terra de Jerusalém e sei que és um verdadeiro amigo de meu
filho Néfi para sempre.
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31 Como tens,
portanto, sido fiel, teus descendentes serão abençoados com os
dele, para que prosperem por muito tempo na face desta terra; e nada, a não
ser a sua iniquidade, prejudicará ou perturbará sua prosperidade para sempre
na face desta terra.
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32 Portanto, o
Senhor consagrou esta terra para a segurança de tua descendência com a
descendência de meu filho, se guardardes os seus mandamentos.
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