Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 40
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1 Agora, meu
filho, eis aqui algo mais que tenho a dizer-te, pois percebo que tua mente está
preocupada a respeito da ressurreição dos mortos.
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2 Eis que te
digo que não há ressurreição — ou diria, em outras palavras, que este
corpo mortal não se reveste de imortalidade, que esta corrupção não
se reveste de incorrupção — até depois da vinda de
Cristo.
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3 Eis que ele
efetua a ressurreição dos mortos. Eis porém, meu filho, que a
ressurreição não é para já. Ora, revelo-te um mistério; não obstante, há
muitos mistérios que permanecem ocultos, que ninguém conhece, a não ser o
próprio Deus. Mostro-te, porém, uma coisa que indaguei diligentemente a
Deus — para saber a respeito da ressurreição.
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4 Eis que há
uma hora designada, em que todos se levantarão dentre os mortos. E quando
chegará essa hora, ninguém sabe; Deus, porém, sabe a hora que está designada.
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5 E se haverá
uma primeira hora ou uma segunda hora ou uma terceira hora em que
os homens ressuscitem dos mortos, não importa; pois Deus sabe todas
essas coisas; e o que me basta saber é o seguinte — que há uma hora
designada em que todos se levantarão dentre os mortos.
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6 Ora, deve
haver um espaço entre a hora da morte e a hora da ressurreição.
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7 E agora
perguntaria: O que acontece à alma dos homens desde essa hora da
morte até a hora designada para a ressurreição?
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8 E se há mais
que uma hora designada para os homens ressuscitarem, não importa, porquanto
não morrem todos ao mesmo tempo e isto não importa; tudo é como um dia para
Deus e o tempo somente é medido pelos homens.
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9 Por
conseguinte, há uma hora designada para os homens levantarem-se dentre os
mortos; e há um espaço entre a hora da morte e a da ressurreição. E agora, o
que é feito da alma dos homens durante esse espaço de tempo é o que perguntei
diligentemente ao Senhor; e isto é uma coisa que eu sei.
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10 E quando
chegar a hora em que todos se levantarão, hão de saber que Deus conhece todas
as horas que são designadas para o homem.
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11 Ora, com
relação ao estado da alma entre a morte e a ressurreição — eis
que me foi dado saber por um anjo que o espírito de todos os homens, logo que
deixa este corpo mortal, sim, o espírito de todos os homens, sejam eles bons
ou maus, é levado de volta para aquele Deus que lhes deu vida.
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12 E então
acontecerá que o espírito daqueles que são justos será recebido num estado
de felicidade, que é chamado paraíso, um estado de descanso,
um estado de paz, onde descansará de todas as suas aflições e de todos
os seus cuidados e tristezas.
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13 E então
acontecerá que o espírito dos iníquos, sim, aqueles que são
maus — pois eis que eles não têm parte nem porção do Espírito do Senhor;
pois eis que preferiram praticar o mal e não o bem; por conseguinte, o
espírito do diabo entrou neles e apossou-se de seu corpo — e eles serão
atirados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e lamentação
e ranger de dentes; e isto em virtude de sua própria iniquidade, sendo
levados cativos pela vontade do diabo.
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Os espíritos dos
iníquos vão para as trevas exteriores antes da ressurreição. Na superfície,
isso parece contradizer os ensinamentos atuais de que as trevas exteriores
são reservadas para pessoas como Satanás e seus servos, depois do mundo
espiritual. Acho que a linguagem é flexível o suficiente aqui, é apenas uma
questão de nomenclatura, e não uma contradição certa. Não vejo isso como um
problema, a menos que alguém insista que sejam as mesmas trevas exteriores a
onde perdição irá.
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14 Ora, esse é
o estado da alma dos iníquos, sim, em trevas e num estado
de espantosa e terrível expectativa da ardente indignação da ira de
Deus sobre eles. Portanto, permanecem nesse estado, assim como os justos
no paraíso, até a hora de sua ressurreição.
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15 Ora, há
alguns que entenderam que esse estado de felicidade e esse estado de miséria
da alma, antes da ressurreição, era uma primeira ressurreição. Sim, admito
que isto possa ser chamado de ressurreição: a elevação do espírito ou da alma
e sua designação para a felicidade ou para a miséria, de acordo com as
palavras que foram ditas.
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16 E eis que
novamente foi declarado que há uma primeira ressurreição, uma
ressurreição de todos aqueles que existiram ou que existem ou que
existirão até a ressurreição de Cristo dentre os mortos.
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Alma 40:16-19
Isso afirma claramente que a primeira ressurreição será de todos os que
morreram até a ressurreição de Cristo, e que todos os que morrerem depois
desse ponto serão ressuscitados após a ressurreição daqueles que morreram até
a ressurreição de Cristo.
Mas, “A ressurreição dos justos precede a dos injustos (ver I Coríntios
15:22-23; D&C 88:97-102; Apocalipse 20:5-6)”
(Doutrinas Do Evangelho: Manual do Aluno, p. 87)
(Além disso, consulte este arquivo PDF, apenas em inglês)
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17 Ora, não
supomos que essa primeira ressurreição, que é mencionada desta forma, possa
ser a ressurreição das almas e sua designação para a felicidade ou
miséria. Tu não
podes supor que seja esse o significado.
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Anotação para Alma 40:16-19 acima
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18 Eis que te
digo que não; significa, porém, a reunião da alma e do corpo, daqueles que
existiram desde os dias de Adão até a ressurreição de Cristo.
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Anotação para Alma 40:16-19 acima
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19 Ora, não
digo que a alma e o corpo daqueles que foram mencionados, tanto iníquos como
justos, serão todos reunidos de uma vez; basta-me dizer que todos se
levantarão ou, em outras palavras, sua ressurreição
dar-se-á antes da ressurreição daqueles que morrerem depois da
ressurreição de Cristo.
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Anotação para Alma 40:16-19 acima
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20 Ora, meu
filho, não afirmo que a ressurreição deles ocorra na ressurreição de Cristo,
mas eis que esta é a minha opinião — que a alma e o corpo dos justos
serão reunidos na ocasião da ressurreição de Cristo e
sua ascensão ao céu.
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21 Mas não
afirmo que isto será por ocasião de sua ressurreição ou depois; digo apenas
que há um espaço de tempo entre a morte e a ressurreição do corpo;
e um estado de alma, em felicidade ou miséria, até a hora
designada por Deus para que os mortos se levantem e corpo e alma sejam
reunidos e levadosà presença de Deus, para serem julgados segundo suas
obras.
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22 Sim, isto
efetua a restauração daquelas coisas que foram anunciadas pela boca dos
profetas.
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23 A alma será restituída ao corpo e
o corpo, à alma; sim, e todo membro e junta serão restituídos ao seu corpo;
sim, nem mesmo um fio de cabelo da cabeça será perdido, mas todas as coisas
serão restauradas na sua própria e perfeita estrutura.
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24 E agora, meu
filho, esta é a restauração que foi anunciada pela boca dos profetas.
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25 E então os
justos resplandecerão no reino de Deus.
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26 Mas eis que
uma horrível morte sobrevém aos iníquos, pois morrem quanto às
coisas pertinentes à retidão, porque eles são impuros e nenhuma coisa
impura pode herdar o reino de Deus; são, porém, expulsos e designados a
partilhar dos frutos de seus labores ou de suas obras, que foram más; e eles
bebem os resíduos de uma taça amarga.
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