Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 4
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1 Ora,
aconteceu que no sexto ano em que os juízes governaram o povo de Néfi, não
houve contendas nem guerras na terra de Zaraenla;
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2 Entretanto o
povo estava aflito, sim, grandemente aflito pela perda de seus
irmãos e também pela perda de seus rebanhos e manadas; e também pela perda de
seus campos de cereais, que haviam sido pisados e destruídos pelos lamanitas.
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3 E tão grandes
eram suas aflições, que todos tinham motivo para lamentar-se; e acreditavam
que os juízos de Deus haviam caído sobre eles, devido às suas iniquidades e
abominações; por essa razão foi despertada neles a lembrança de seus deveres.
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4 E começaram a
organizar a igreja mais plenamente; sim, e muitos foram batizados nas
águas do Sidon, unindo-se à igreja de Deus; sim, foram batizados pela mão de
Alma, que havia sido consagrado sumo sacerdote do povo da igreja
pela mão de seu pai, Alma.
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5 E aconteceu
que no sétimo ano do governo dos juízes, aproximadamente três mil e
quinhentas almas uniram-se à igreja de Deus e foram batizadas. E
assim terminou o sétimo ano em que os juízes governaram o povo de Néfi; e
houve paz contínua durante todo aquele tempo.
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6 E aconteceu,
no oitavo ano do governo dos juízes, que o povo da igreja começou a tornar-se
orgulhoso, por causa de suas excessivas riquezas e de suas finas sedas
e de seus finos tecidos de linho; e pelos seus muitos rebanhos e manadas; e
seu ouro e sua prata e toda espécie de coisas preciosas que haviam obtido
pelo seu trabalho; e por causa de tudo isso engrandeceram-se a seus próprios
olhos e começaram a usar vestimentas muito luxuosas.
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A seda não existia
nas Américas pré-colombianas.
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7 Ora, isto foi
motivo de grande aflição para Alma, sim, e para muitos que
Alma consagrara como mestres e sacerdotes e élderes da igreja; sim,
muitos deles ficaram grandemente contristados com a iniquidade que começara a
haver entre seu povo.
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8 Porque viram
e observaram com grande tristeza que o povo da igreja começava a engrandecer-se
no orgulho de seus olhos e a voltar o coração para as riquezas e
para as coisas vãs do mundo; que eles começavam a desdenhar uns dos outros e
a perseguir os que não acreditavam segundo sua própria vontade e
prazer.
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9 E assim,
durante esse oitavo ano do governo dos juízes, começou a haver
grandes contendas entre o povo da igreja; sim,
havia inveja e disputas e malícia e perseguições e orgulho,
excedendo até o orgulho daqueles que não pertenciam à igreja de Deus.
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10 E assim
terminou o oitavo ano do governo dos juízes; e a iniquidade na igreja era uma
grande pedra de tropeço para aqueles que a ela não pertenciam; e assim o
progresso da igreja começou a diminuir.
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11 E aconteceu
que no começo do nono ano, Alma viu a iniquidade na igreja e viu também que
o exemplo da igreja principiava a levar os incrédulos de uma
iniquidade a outra, causando assim a destruição do povo.
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12 Sim, viu
grande desigualdade entre eles, alguns se enchendo de orgulho, desprezando os
outros, virando as costas aos necessitados e aos nus e
aos famintos e aos sedentos e aos doentes e aflitos.
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13 Ora, isso
era um grande motivo de lamentação para o povo, enquanto outros se
humilhavam, socorrendo os que tinham necessidade de seu
socorro, repartindo seus recursos com os pobres e necessitados,
alimentando os famintos e sofrendo toda espécie
de aflições por amor a Cristo que haveria de vir, segundo
o espírito de profecia;
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14 Aguardando
ansiosamente aquele dia, conservando assim a remissão de seus
pecados; estando cheios de grande alegria por causa da ressurreição
dos mortos, de acordo com a vontade e poder e libertação de Jesus Cristo das
ligaduras da morte.
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15 E então
aconteceu que Alma, tendo visto as aflições dos humildes seguidores de Deus e
as perseguições que lhes eram infligidas pelo resto de seu povo; e vendo toda
a sua desigualdade, começou a ficar muito triste; mas o Espírito do
Senhor não o abandonou.
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16 E ele
escolheu um homem sábio entre os élderes da igreja e deu-lhe poder, de acordo
com a voz do povo, para que pudesse, segundo as leis que
haviam sido dadas, decretar leis e fazê-las executar conforme a iniquidade e
os crimes do povo.
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17 Ora, o nome
desse homem era Nefia; e ele foi nomeado juiz supremo e ocupou a
cadeira de juiz para julgar e governar o povo.
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18 Ora, Alma
não lhe concedeu o ofício de sumo sacerdote da igreja, mas reservou para si
próprio o ofício de sumo sacerdote; entregou, porém, a Nefia a cadeira de
juiz.
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19 E assim fez
para que ele mesmo pudesse pregar ao povo, ou seja, ao povo de Néfi,
a palavra de Deus, a fim de que eles
se lembrassem de seus deveres; e para poder, pela palavra de Deus,
abater todo o orgulho e as artimanhas e todas as contendas que existiam entre
seu povo, não vendo outro modo de reformá-los, a não ser pela força de um testemunho puro
contra eles.
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20 E assim, no
começo do nono ano em que os juízes governaram o povo de Néfi, Alma entregou
a cadeira de juiz a Nefia e dedicou-se exclusivamente
ao sumo sacerdócio da santa ordem de Deus, ao testemunho da
palavra, de acordo com o espírito de revelação e profecia.
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