Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 8
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Este capítulo é de
Isaías 51 e Isaías 52:1-2. Parece haver um consenso entre os estudiosos
bíblicos sérios de que isso foi escrito durante o exílio babilônico, em
outras palavras, parece ter sido escrito depois que Leí saiu de Jerusalém.
“A erudição moderna
considera o Livro de Isaías como uma antologia, cujas duas principais
composições são o Livro de Isaías (capítulos 1-39, com algumas exceções),
contendo as palavras do próprio profeta Isaías, datando do tempo do primeiro
templo, por volta de 700 AEC; e o Segundo Isaías (Dêutero-Isaías, capítulos
40-66), compreendendo as palavras de um profeta anônimo, que viveu cerca de
cento e cinquenta anos depois, por volta do tempo do exílio babilônico”
(RationalWiki: Book of Isaiah, apenas em inglês).
Além disso, considere
o quão difícil seria transcrever um capítulo inteiro de Isaías em placas de
metal. Não seria mais razoável para o autor referenciar os escritos de Isaías
e talvez fornecer algum comentário?
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1 Ouvi-me, vós
que seguis a retidão; olhai para a rocha de onde fostes talhados e
para o buraco do poço de onde fostes cavados.
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2 Olhai para
Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque sendo ele
só, chamei-o e abençoei-o.
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3 Porque o
Senhor consolará Sião; consolará todos os seus lugares assolados e fará
o seu deserto como Éden e o seu ermo como jardim do Senhor;
regozijo e contentamento achar-se-ão nele, ação de graças e voz de melodia.
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4 Atendei-me,
povo meu, e dai-me ouvidos, nação minha, porque de mim sairá uma lei, e
farei do meu juízo uma luz para o povo.
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5 Perto está a
minha retidão, foi enviada a minha salvação, e o meu braço julgará os
povos; as ilhas hão de aguardar-me e no meu braço confiarão.
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6 Levantai os
olhos para os céus e olhai para a Terra embaixo, porque
os céus desaparecerão como a fumaça, e a
Terra envelhecerá como um vestido, e os seus moradores morrerão
semelhantemente; mas a minha salvação durará para sempre, e a minha retidão
não será abolida.
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7 Ouvi-me, vós
que conheceis a retidão, povo em cujo coração eu escrevi a minha lei;
não temais as censuras dos homens nem vos atemorizeis pelas suas
injúrias.
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8 Porque a
traça os roerá como a um vestido, e o verme comê-los-á como à lã. Minha
retidão, porém, durará para sempre e a minha salvação, de geração em geração.
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9 Desperta,
desperta! Veste-te de força, ó braço do Senhor! Desperta, como nos dias
passados. Não és tu aquele que cortou a Raabe e feriu o dragão?
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10 Não és tu
aquele que secou o mar, as águas do grande abismo? Que fez, do fundo do mar,
um caminho para que passassem os remidos?
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11 Assim
voltarão os resgatados do Senhor e virão a Sião com cânticos;
e perpétua alegria e santidade haverá sobre sua cabeça; e alcançarão regozijo
e alegria; a tristeza e o pranto fugirão.
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12 Eu sou
ele; sim, sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para
que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que se
tornará em erva?
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13 E esqueces-te do
Senhor, teu criador, que estendeu os céus e estabeleceu os alicerces da
Terra; e temes continuamente, todos os dias, por causa da fúria do opressor,
como se ele estivesse pronto para destruir? E onde está a fúria do opressor?
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14 O exilado
cativo apressa-se para ser libertado, a fim de não morrer no poço e para que
não lhe falte o pão.
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15 Mas eu sou o
Senhor teu Deus, cujas ondas rugiram. Senhor dos Exércitos é o meu
nome.
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16 E coloquei
as minhas palavras na tua boca e te cobri com a sombra da minha mão, a fim de
plantar os céus, estabelecer os alicerces da Terra e dizer a Sião: Eis que tu
és o meu povo.
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17 Desperta!
Desperta! Levanta-te, ó Jerusalém, que bebeste da mão do Senhor
o cálice da sua cólera; tu bebeste até a borra o cálice da
vacilação.
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18 De todos os
filhos que teve, nenhum há que a guie; e de todos os filhos que criou, nenhum
que a tome pela mão.
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19 Estes
dois filhos que vieram a ti terão compaixão de ti — tua
desolação e destruição e a fome e a espada — e com quem te consolarei?
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20 Teus filhos
desmaiaram, exceto esses dois; jazem nas entradas de todas as ruas; como boi
selvagem numa rede, cheios estão da cólera do Senhor, da repreensão do teu
Deus.
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21 Portanto,
agora, ó aflita e embriagada, mas não de vinho, ouve isto:
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22 Assim diz o
teu Senhor: o Senhor e teu Deus pleiteia a causa de seu povo; eis
que eu tomo das tuas mãos o cálice da vacilação, a borra do cálice do meu
furor; nunca mais dele beberás.
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23 Mas pô-lo-ei nas
mãos dos que te entristecem, que dizem à tua alma: Abaixa-te, para que
passemos por cima — e tu colocaste o teu corpo como chão e como rua aos
que passaram por cima.
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24 Desperta,
desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião! Veste-te dos teus
vestidos formosos, ó Jerusalém, cidade santa! Porque nunca mais
entrará em ti nem incircunciso nem impuro.
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25 Sacode o
pó, levanta-te e toma assento, ó Jerusalém! Solta-te
das cadeias de teu pescoço, ó cativa filha de Sião!
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