Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 8
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1 E então
aconteceu que Alma voltou da terra de Gideão depois de haver
ensinado ao povo de Gideão muitas coisas que não podem ser escritas, tendo
estabelecido a ordem da igreja como fizera anteriormente na terra de
Zaraenla; sim, voltou para sua própria casa em Zaraenla, a fim de descansar
dos labores que havia executado.
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2 E assim
terminou o nono ano do governo dos juízes sobre o povo de Néfi.
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3 E aconteceu,
no começo do décimo ano do governo dos juízes sobre o povo de Néfi, que Alma
partiu dali e encaminhou-se para a terra de Meleque, a oeste do rio
Sidon, no oeste, perto das fronteiras do deserto.
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4 E começou a
ensinar o povo na terra de Meleque, segundo a santa ordem de Deus
pela qual havia sido chamado; e começou a ensinar o povo por toda a terra de
Meleque.
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5 E aconteceu
que o povo veio a ele de todas as fronteiras da terra que ficava do lado do
deserto. E foram
batizados por toda a terra;
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6 E havendo terminado
seu trabalho em Meleque, partiu e viajou pelo norte da terra de Meleque
durante três dias; e chegou a uma cidade que se chamava Amonia.
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7 Ora, era
costume do povo de Néfi chamar suas terras e suas cidades e suas
aldeias, sim, mesmo todas as suas pequenas aldeias, pelo nome do seu primeiro
habitante; e assim foi com a terra de Amonia.
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8 E aconteceu
que quando chegou à cidade de Amonia, Alma começou a pregar a palavra de
Deus.
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9 Ora,
Satanás apoderara-se dos corações dos habitantes da cidade de
Amonia; portanto, não quiseram dar ouvidos às palavras de Alma.
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10 Alma, no
entanto, esforçou-se muito em espírito, suplicando a Deus,
em fervorosa oração, que derramasse o seu Espírito sobre o povo que se
achava na cidade; e que também lhe permitisse batizá-los para o
arrependimento.
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11 Eles, no
entanto, endureceram o coração, dizendo-lhe: Eis que sabemos que tu és Alma;
e sabemos que és sumo sacerdote da igreja que organizaste em muitas partes da
terra, de acordo com vossas tradições; e nós não somos da tua igreja e não
acreditamos nessas tolas tradições.
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12 E agora
sabemos que, por não pertencermos a tua igreja, não tens poder algum sobre
nós; e entregaste a cadeira de juiz a Nefia; não és, portanto, nosso
juiz supremo.
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13 Ora, quando
o povo disse isto e refutou todas as suas palavras e ultrajou-o e nele cuspiu
e fez com que fosse expulso de sua cidade, ele partiu dali e viajou em
direção à cidade que era chamada Aarão.
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14 E aconteceu
que enquanto se dirigia para lá, estando abatido de tristeza, passando por
muitas tribulações e angústias por causa da iniquidade do povo que
se achava na cidade de Amonia, aconteceu que enquanto Alma estava assim
abatido de pesar, eis que lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo:
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15 Bendito és
tu, Alma; levanta, portanto, a cabeça e alegra-te, pois tens grandes motivos
para te alegrares; porque foste fiel aos mandamentos de Deus desde o momento
em que recebeste dele a primeira mensagem. Eis que sou aquele que a transmitiu a ti.
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16 E eis que
fui enviado para ordenar-te que voltes à cidade de Amonia e pregues novamente
ao povo da cidade; sim, prega-lhes. Sim, dize-lhes que, a menos que se
arrependam, o Senhor Deus os destruirá.
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17 Porque eis
que neste momento eles planejam como tirar a liberdade de teu povo (pois
assim diz o Senhor), o que é contrário aos estatutos, e aos juízos, e aos
mandamentos que ele deu a seu povo.
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18 Ora,
aconteceu que depois de haver recebido a mensagem do anjo do Senhor, Alma
voltou rapidamente à terra de Amonia. E entrou na cidade por outro
caminho, sim, pelo caminho que fica ao sul da cidade de Amonia.
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19 E
sentindo-se faminto ao entrar na cidade, disse a um homem: Darás algo de
comer a um humilde servo de Deus?
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20 E o homem
disse-lhe: Sou nefita e sei que és um santo profeta de Deus, porque és o
homem de quem um anjo, numa visão, disse: Tu o receberás. Portanto, vem
comigo para minha casa e repartirei contigo o meu alimento; e sei que serás
uma bênção para mim e minha casa.
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21 E aconteceu
que o homem o recebeu em sua casa; e o homem chamava-se Amuleque; e
trouxe pão e carne e colocou diante de Alma.
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22 E aconteceu
que Alma comeu pão e fartou-se; e abençoou Amuleque e sua casa e rendeu
graças a Deus.
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23 E depois de
haver comido e estar farto, disse a Amuleque: Eu sou Alma e sou o sumo
sacerdote da igreja de Deus em toda esta terra.
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24 E eis que
fui chamado para pregar a palavra de Deus entre todo este povo, segundo o
espírito de revelação e profecia; e estive nesta terra e não me receberam,
mas expulsaram-me; e eu estava prestes a voltar as costas a esta terra
para sempre.
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25 Mas eis que
recebi ordem de voltar e profetizar a este povo; sim, de testemunhar contra
ele a respeito de suas iniquidades.
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26 E agora,
Amuleque, por me haveres alimentado e recebido, és abençoado; porque eu
estava faminto por ter jejuado durante muitos dias.
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27 E Alma ficou
muitos dias com Amuleque, antes de começar a pregar ao povo.
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28 E aconteceu
que as iniquidades do povo se agravaram.
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29 E chegou a
palavra a Alma, dizendo: Vai e dize também a meu servo Amuleque que vá
profetizar a este povo, dizendo — Arrependei-vos, pois assim diz o
Senhor: A menos que vos arrependais, visitarei este povo em minha ira; sim,
não desviarei minha ardente ira.
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30 E saiu Alma
e também Amuleque entre o povo, para declarar-lhe as palavras de Deus; e
estavam cheios do Espírito Santo.
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31 E haviam
recebido poder, tanto assim que não podiam ser confinados em prisões;
nem era possível que algum homem os matasse; no entanto não fizeram uso de seu poder até
haverem sido amarrados e postos na prisão. Ora, isso foi feito para que o
Senhor pudesse mostrar por meio deles o seu poder.
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Às vezes, quando o
problema do mal é expresso, os apologistas argumentam que Deus permite que o
mal seja perpetrado, porque ele valoriza tanto o arbítrio moral que ele não
intercede pela vítima por respeito ao arbítrio do perpetrador.
Espero que a maioria
ache repugnante essa ideia de Deus não estaria disposto a interceder sem mais
explicações. No entanto, para aqueles que precisam de mais explicações,
observe que este versículo explica que Deus está disposto a interceder por
uma vítima em potencial, independentemente do arbítrio moral de um pretenso
perpetrador.
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32 E aconteceu
que saíram e começaram a pregar e a profetizar ao povo, segundo o
espírito e poder que o Senhor lhes conferira.
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