Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 30
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1 Eis então que
aconteceu que após o povo de Amon se estabelecer na terra de
Jérson, sim, e também depois que os lamanitas foram expulsos da
terra e seus mortos enterrados pelo povo da terra —
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2 Ora, seus
mortos não foram contados, devido ao grande número deles; nem foram contados
os mortos dos nefitas — mas aconteceu que depois de haverem enterrado seus
mortos e também depois de alguns dias de jejum e pranto e oração (e foi
durante o décimo sexto ano em que os juízes governaram o povo de Néfi),
começou a haver paz contínua em toda a terra.
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3 Sim, e o povo
empenhava-se em guardar os mandamentos do Senhor; e observavam estritamente
as ordenanças de Deus, segundo a lei de Moisés, porque haviam sido
ensinados a guardar a lei de Moisés, até que fosse cumprida.
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4 E assim não
houve distúrbios entre o povo durante todo o décimo sexto ano em que os
juízes governaram o povo de Néfi.
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5 E aconteceu
que no princípio do décimo sétimo ano do governo dos juízes houve paz
contínua.
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6 Aconteceu,
porém, que no final do décimo sétimo ano apareceu um homem na terra de
Zaraenla; e ele era um anticristo, pois começou a pregar ao povo contra
as profecias que haviam sido proferidas pelos profetas, relativas à vinda de
Cristo.
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Em relação aos
anticristo do Livro de Mórmon, foi dito:
“Eles são todos de
uma raça e tipo; tão semelhantes que uma mente é a autora deles, e que uma
mente jovem e subdesenvolvida, mas piedosamente inclinada. A evidência que
tristemente submeto aponta para Joseph Smith como seu criador” (B. H.
Roberts, membro do Primeiro Quórum dos Setenta a partir de 1888, Dialogue: A Journal of Mormon Thought
Vol. 26, No. 3, perto da parte inferior p. 85, apenas em inglês).
Eu não poderia
concordar mais. Corior parece uma caricatura ingênua de ateus.
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7 Ora, não
havia lei alguma contra a crença de um homem, porque era
expressamente contrário aos mandamentos de Deus que se decretasse uma lei que
deixasse os homens em desigualdade de condições.
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8 Pois assim
dizem as escrituras: Escolhei hoje a quem servireis.
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9 Ora, se um
homem desejasse servir a Deus, era seu privilégio, ou melhor, se ele
acreditasse em Deus, era seu privilégio servi-lo; se nele não acreditasse,
porém, não havia lei que o punisse.
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Viva! Liberdade de
religião.
Mas isso contradiz
as práticas e o exemplo fornecidos nos versículos 19-21 e 29 deste capítulo.
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10 Se cometesse
um assassínio, entretanto, era castigado com a morte; e se roubasse,
também era castigado; e se furtasse, também era castigado; e se cometesse
adultério, também era castigado; sim, por todas essas iniquidades eles eram
punidos.
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11 Porque havia
uma lei que os homens deveriam ser julgados segundo seus crimes. Não
obstante, nenhuma lei havia contra a crença de um homem; portanto, o homem
somente era castigado pelos crimes que cometia; portanto, todos se achavam
em igualdade de condições.
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12 E esse
anticristo, cujo nome era Corior (sobre quem a lei não tinha poder algum),
começou a pregar ao povo que nenhum Cristo haveria; e pregava da seguinte
maneira, dizendo:
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13 Ó vós, que
estais presos a uma louca e vã esperança, por que vos submeteis a semelhantes
loucuras? Por que esperais por um Cristo? Porque nenhum homem pode saber de
qualquer coisa que esteja por acontecer.
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14 Eis que essas
coisas a que chamais profecias, que dizeis haverem sido transmitidas por
santos profetas, eis que não passam de tradições tolas de vossos pais.
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15 Como podeis
ter certeza delas? Eis que não podeis saber de coisas que não vedes; não
podeis, portanto, saber que haverá um Cristo.
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16 Olhais
adiante e dizeis que vedes a remissão de vossos pecados. Mas eis que isso
é efeito de uma mente desvairada; e esse transtorno de vossa mente é
resultado das tradições de vossos pais, que vos induzem a acreditar em coisas
que não são verdadeiras.
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Desvairado:
Sem coerência ou
equilíbrio; incongruente.
Desprovido de juízo;
sem orientação; fora de si; desnorteado.
Que demonstra
desvairamento; que apresenta loucura; louco.
(Dicionário Online de Português)
Tal mente pode levar
a crenças irracionais ou infundadas, mas não é a única causa. De fato,
pessoas calmas, sãs e normais acreditam em todo tipo de alegações
supersticiosas, irracionais, ilógicas e sem fundamento. Se alguém alega que
os Mórmons acreditam no Mormonismo por causa de mentes desvairadas ou
transtornadas, eu defenderia os Mórmons porque geralmente não têm mentes
desvairadas ou transtornadas. Talvez muitos que não são Mórmons acham as
crenças do Mormonismo são estranhas ou infundadas, mas eu não acho que os que
não são Mórmons geralmente acreditam que os Mórmons têm suas crenças por
causa de mentes desvairadas ou transtornadas.
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17 E disse-lhes
muitas outras coisas semelhantes, afirmando-lhes que não poderia haver
expiação para os pecados dos homens, mas que o quinhão de cada um nesta
vida dependia de sua conduta; portanto, cada homem prosperava segundo sua
aptidão e cada homem conquistava segundo sua força; e nada que o homem
fizesse seria crime.
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É interessante que
muitos Mórmons acreditam que os ateus geralmente crêem que “nada que o homem
fizesse seria crime.” O fato é que essa filosofia parece ser uma forma
marginal de anarquismo. Tenho certeza de que existem alguns anarquistas
ateus, mas não acho que sejam comuns. Alternativamente, se por “crime” esse
versículo significa “pecado” ou “ato imoral,” uma pessoa que acredita que
tudo o que faz não é ruim ou imoral é um sociopata. Mais uma vez, tenho
certeza de que alguns ateus também são sociopatas, mas não acho que sejam
comuns.
Lembro-me de pensar
quando era um crente sobre os ateus dessa maneira. Meu raciocínio foi mais ou
menos assim: “Se você não acredita em Deus nem em juízo eterno, então não há
propósito em nada, então o que o impede de fazer o que quiser, mesmo
estuprando ou assassinando?” Esse tipo de raciocínio falha em explicar a
moralidade sem crer em Deus. Ele falha em explicar o desejo de ter alegria e
ajudar os outros a ter alegria, mesmo que você não acredita em um deus. Ele
falha em explicar o fato de que a maioria dos ateus percebe que a alegria é,
em muitos aspectos, indissociável do comportamento pró-social.
A parte sobre receber seu quinhão segundo sua conduta,
prosperar segundo
sua aptidão e conquistar segundo sua força, parece ser confirmada em Alma
10:4-5,
“E também adquiri
muitas riquezas por meio de meus esforços. Não obstante tudo isso, nunca tive
muito conhecimento acerca dos caminhos do Senhor, de seus mistérios e
maravilhoso poder”
(Amuleque explica
que ele prosperou de acordo com sua conduta).
Também em Alma
10:32,
“Ora, o objetivo
desses advogados era obter lucro; e eles obtinham lucro de acordo com o seu
trabalho.”
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18 E assim lhes
pregava, desviando o coração de muitos, fazendo com que levantassem a cabeça
em sua iniquidade; sim, induzindo muitas mulheres e também homens a cometerem
devassidão, dizendo-lhes que quando o homem morria, tudo se acabava.
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19 Ora, esse
homem também foi à terra de Jérson a fim de pregar essas coisas no meio do
povo de Amon, que antes havia sido o povo dos lamanitas.
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Alma 30:19-20
Observe a ironia nisso.
De acordo com Alma
30:7-9 e 11, Corior não havia cometido nenhum crime e a lei previa que uma
pessoa não pudesse ser punida por sua crença. No entanto, o povo de Amon, que
“eram mais prudentes,” tomou Corior, amarrou-o e levou-o diante de Amon. Quem
cometeu o crime aqui?
Tanto pela liberdade
de religião indicada em Alma 30:9.
Isso lembra-me desta
citação de A. C. Grayling:
“Os apologistas
religiosos se queixam amargamente de que ateus e secularistas são agressivos
e hostis em suas críticas a eles. Eu sempre digo: olha, quando vocês estavam
no comando, vocês não discutiram conosco, apenas nos queimaram na fogueira.
Agora, o que estamos fazendo é apresentar alguns argumentos e perguntas
desafiadoras, e vocês reclamam.”
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20 Mas eis que
eles eram mais prudentes que muitos dos nefitas, porque o prenderam e
amarraram-no e levaram-no à presença de Amon, que era sumo sacerdote daquele
povo.
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Anotação para Alma 30:19-20 acima
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21 E aconteceu
que ele fez com que o levassem para fora da terra. E ele foi para a terra de
Gideão e começou também a pregar-lhes; e não obteve muito sucesso, pois foi
preso e amarrado e levado à presença do sumo sacerdote e também do juiz
supremo da terra.
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Ele foi preso e
amarrado pela segunda vez por nenhum crime aparente.
Tanto pela liberdade
de religião indicada em Alma 30:9.
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22 E aconteceu
que o sumo sacerdote lhe disse: Por que andas pervertendo os caminhos do
Senhor? Por que ensinas a este povo que não haverá Cristo e interrompes seu
regozijo? Por que falas contra todas as profecias dos santos profetas?
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23 Ora, o nome
desse sumo sacerdote era Gidona. E Corior respondeu-lhe: Porque eu não ensino
as tolas tradições de vossos pais, e porque não ensino este povo a
submeter-se às tolas ordenanças e cerimônias impostas por sacerdotes antigos
para usurparem o poder e exercerem autoridade sobre eles, a fim de
conservá-los em ignorância, para que não levantem a cabeça, mas se submetam
às vossas palavras.
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24 Dizeis que
este povo é um povo livre. Eis que eu digo que estão no cativeiro. Dizeis que
essas antigas profecias são verdadeiras. Eis que vos digo que não sabeis se
são verdadeiras.
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25 Dizeis que
este povo é culpado e decaído, por causa da transgressão de um pai. Eis que
digo que um filho não é culpado por causa de seus pais.
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26 E dizeis
também que Cristo virá. Mas eis que vos digo que não sabeis se haverá um
Cristo. E dizeis também que ele será morto pelos pecados do
mundo —
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27 E assim
induzis este povo a acreditar nas tolas tradições de vossos pais e segundo
vossos próprios desejos, conservando-os submissos, como se estivessem no
cativeiro, para assim vos saciardes com o trabalho de suas mãos, de modo
que não se atrevem a levantar a vista destemidamente nem a usufruir seus
direitos e privilégios.
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28 Sim, não se
atrevem a fazer uso do que lhes pertence, a fim de não ofenderem seus
sacerdotes que os subjugam segundo seus desejos e fizeram-nos acreditar,
pelas suas tradições e seus sonhos e seus caprichos e suas visões e seus
pretensos mistérios que, se não procederem de acordo com suas palavras,
ofenderão algum ser desconhecido que dizem ser Deus — um ser que nunca
foi visto nem conhecido, que nunca existiu nem existirá.
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29 Ora, quando
o sumo sacerdote e o juiz supremo viram a dureza de seu coração, sim, quando
viram que ele injuriaria até mesmo Deus, não quiseram responder às suas
palavras, mas mandaram amarrá-lo; e entregaram-no nas mãos dos oficiais e
enviaram-no à terra de Zaraenla, para ser levado à presença de Alma, e do
juiz supremo que era governador de toda a terra.
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Ele foi amarrado
pela terceira vez.
Tanto pela liberdade
de religião indicada em Alma 30:9.
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30 E aconteceu
que quando foi levado à presença de Alma e do juiz supremo, ele continuou a
portar-se do mesmo modo que na terra de Gideão; sim, continuou
a blasfemar.
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31 E falou,
usando palavras cada vez mais exaltadas diante de Alma; e insultou
os sacerdotes e mestres, acusando-os de desviarem o povo, segundo as tolas
tradições de seus pais, para saciarem-se com o trabalho do povo.
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32 Disse-lhe
então Alma: Tu sabes que não nos saciamos com o trabalho deste povo; porque
eis que tenho trabalhado desde o começo do governo dos juízes até agora com
minhas próprias mãos para o meu sustento, apesar de minhas inúmeras viagens
por toda a terra, a fim de pregar a palavra de Deus a meu povo.
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Alma 30:32-35
Mais uma vez, observe a ironia.
Acredito que as
autoridades gerais modernas recebem dinheiro da Igreja.
“As ajudas de custo
dadas às Autoridades Gerais, que são muito modestas em comparação com a
remuneração de executivos na indústria e nas profissões, provêm dessa receita
comercial e não do dízimo do povo”
(Presidente Gordon
B. Hinckley, “Perguntas e Respostas”, Conferência Geral de outubro de 1985, apenas em inglês).
Em primeiro lugar,
“modestas em comparação com a remuneração de executivos” poderia facilmente
incluir subsídios anuais de 100.000 dólares dos EUA ou mais. Isso é muito
mais do que uma pessoa comum ganha. Mas nunca saberemos até que a Igreja
divulgue suas finanças. Por que eles esconderiam suas finanças? Nem todas,
mas muitas outras igrejas divulgam voluntariamente suas finanças. Nada disso
está de acordo com o que Alma argumenta contra Corior.
Eu estava errado
quando escrevi o acima. Descobrimos parte do que as autoridades gerais SUD
ganham, mesmo que a Igreja não tenha divulgado suas finanças. O MormonLeaks
forneceu a documentação de que, a partir de janeiro de 2014, o subsídio de
base concedido às autoridades gerais de LDS era de US $ 120.000 por ano
(artigo do DeseretNews, apenas em inglês
e
documentos do MormonLeaks, apenas em inglês).
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33 E não
obstante os muitos trabalhos que fiz na igreja, nunca recebi
um senine que fosse por meu trabalho; nem tampouco qualquer de meus
irmãos, a não ser na cadeira de juiz; e então recebemos apenas o estipulado
por lei pelo nosso tempo.
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Anotação para Alma 30:32-35 acima
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34 E agora, se
nada recebemos pelos nossos trabalhos na igreja, que proveito temos em
trabalhar na igreja, a não ser divulgar a verdade, a fim de nos regozijarmos
com a alegria de nossos irmãos?
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Anotação para Alma 30:32-35 acima
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35 Então, por
que dizes tu que pregamos a este povo para obter lucro, quando tu próprio
sabes que nada recebemos? E agora, acreditas que é porque enganamos este povo
que há tanta alegria em seu coração?
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Anotação para Alma 30:32-35 acima
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36 E Corior
respondeu-lhe: Sim.
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37 Perguntou-lhe
então Alma: Acreditas que exista um Deus?
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38 E ele respondeu: Não.
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39 Disse-lhe
então Alma: Negarás outra vez que exista um Deus e negarás também o Cristo?
Pois eis que te digo que sei que existe um Deus e também que o Cristo virá.
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40 E agora, que
provas tens de que Deus não existe ou de que o Cristo não virá?
Afirmo-te que nenhuma tens, a não ser a tua própria palavra.
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Alma 30:40-41
Alma e sua Igreja
fazem afirmações extraordinárias de um Deus todo-poderoso que
intercede nos assuntos da humanidade. Uma vez que ele e sua Igreja iniciam
uma alegação extraordinária, o ônus da prova geralmente é deles. No
entanto, como o personagem Corior afirmou que “não haverá Cristo,” como se
ele soubesse disso, então o ônus da prova cabe a Corior.
O Livro de Mórmon — Manual do Aluno, tem um bom ponto na
página 217 que eu vou parafrasear no restante deste parágrafo. Em Alma 30:15,
Corior argumenta: “Não podeis saber de coisas que não vedes; não podeis,
portanto, saber que haverá um Cristo.” No versículo 22 deste capítulo, Corior
é acusado de afirmar “que não haverá Cristo,” e ele parece admitir isso no
versículo 23. No entanto, por seu próprio raciocínio, Corior não pode saber
que não haverá um Cristo. Por seu próprio raciocínio, ele teria que ser capaz
de ver todas as coisas no universo para saber que não havia Cristo. É um bom
lembrete de que proclamar saber algo que não é falsificável não é racional.
Teria sido muito mais racional para Corior proclamar que, como ele não vê
nenhuma evidência de Cristo, não há razão para crer em Cristo.
Alma afirma que
todas as coisas testificam que existe um Deus e que Cristo virá. Mas isso não
é apenas a interpretação de todas as coisas por Alma? E o tormento cruel e
horrível dos inocentes (mesmo crianças pequenas) pela depravação humana e
pela natureza? Muitos interpretam isso para mostrar que não há Deus
onipotente e todo- amável. O argumento é que, se esse Deus era onipotente,
ele não se importa o suficiente para acabar com o sofrimento desnecessário,
ou se ele se importa, ele deve estar impotente para terminar o sofrimento. De
qualquer forma, não necessariamente segue que, por causa do universo, Deus
existe. Uma pessoa pode sentir que a existência, ordem ou beleza do universo testemunha
disso, mas os sentimentos levam a todo tipo de conclusões contraditórias.
Veja todas as pessoas que sentiram o Espírito de Deus testificando que a
Igreja deles é a única Igreja verdadeira, embora a deles não seja a Igreja
SUD (por exemplo, veja este vídeo: Minha Jornada SUD - Siga o Espírito, apenas em inglês).
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41 Eis, porém,
que tenho todas as coisas como testemunho de que estas coisas são
verdadeiras; e tu também tens todas as coisas como testemunho de que são
verdadeiras; e irás negá-las? Acreditas
que essas coisas sejam verdadeiras?
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Anotação para Alma 30:40-41 acima
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42 Eis que eu
sei que tu acreditas, mas estás possuído por um espírito mentiroso e
afastaste o Espírito de Deus, de maneira que não tem lugar em ti; mas o diabo
tem poder sobre ti e te conduz, inventando subterfúgios para destruir os
filhos de Deus.
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43 E então
disse Corior a Alma: Se me mostrares um sinal que me convença de
que existe um Deus, sim, se me mostrares que ele tem poder, eu então me
convencerei da veracidade de tuas palavras.
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44 Mas
disse-lhe Alma: Tu já tiveste muitos sinais; queres ainda tentar a teu Deus?
Queres ainda que te mostre um sinal, quando tens o testemunho
de todos estes irmãos, assim como o dos santos profetas? As
escrituras estão diante de ti, sim, e todas as coisas mostram que
existe um Deus; sim, até mesmo a Terra e tudo que existe sobre a
sua face, sim, e seu movimento, sim, e também todos
os planetas que se movem em sua ordem regular testemunham que
existe um Criador Supremo.
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Considerando todas
as coisas na face da terra, incluindo o sofrimento frequente e horrível
infligido aos inocentes por outras pessoas e pela natureza, acho que essas
coisas testemunham o universo frio e indiferente em que vivemos. Este
versículo não fornece um método robusto para uma séria preocupação
filosófica. Essa explicação se encaixa na religião da Idade do Bronze do
Antigo Testamento.
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45 E, contudo,
andas desviando o coração deste povo, testificando-lhe que Deus não existe? E
queres ainda negar todos esses testemunhos? E ele disse: Sim, eu negarei, a
menos que tu me mostres um sinal.
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46 E aconteceu
que Alma lhe disse: Eis que estou aflito pela dureza de teu coração; sim, por
ainda resistires ao espírito da verdade, o que poderá destruir-te a alma.
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47 Mas eis que
é melhor perderes tua alma do que seres o instrumento da destruição
de muitas almas, por tuas mentiras e por tuas palavras lisonjeiras; portanto,
se negares novamente, eis que Deus te ferirá, de modo que ficarás mudo, para
que nunca mais abras a boca nem enganes este povo.
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48 Disse-lhe
então Corior: Não nego a existência de um Deus, mas não acredito que exista
um Deus; e digo também que não sabes que existe um Deus e, a menos que me
mostres um sinal, não acreditarei.
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Fui pessoalmente
acusado de procurar sinais porque expressei que não acreditava em alegações
extraordinárias sem evidências extraordinárias, mas vamos considerar o que
significa procurar sinais no contexto do Livro de Mórmon. Aqui estão alguns
exemplos em que provas e evidências aparentemente levaram à crença de um bom
modo:
2 Né 11:4, 6-7 - A
alma de Néfi “se regozija em provar ao [seu] povo a veracidade da vinda de
Cristo.”
Helamã 5:50 - Os
presos vêem os filhos de Helamã, Néfi e Leí, cercados como que por fogo; veja
anjos; e ouvir vozes. Quando os prisioneiros explicaram estas coisas aos
lamanitas, “a maior parte dos lamanitas se convencesse delas em virtude da
grandeza das evidências.”
E, não se esqueça que
Samuel, o lamanita, descreve os sinais da morte do salvador (Helamã 14:20-27) e depois nos diz que esses sinais acontecerão “a fim de que não haja
motivo de descrença entre os filhos dos homens. E isso a fim de que todos os
que crerem sejam salvos e para que, sobre os que não crerem, recaia um julgamento
justo” (Helamã 14:28-29). Não faz mais sentido a
explicação de Samuel? Não devo ter responsabilidade para seguir as evidências onde
quer que elas me levem, em vez de seguir alegações extraordinárias sem evidência
substancial?
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49 Disse-lhe
então Alma: Isto te darei por sinal: tu ficarás mudo, de acordo com minhas
palavras; e afirmo que em nome de Deus ficarás mudo, de modo que não mais
falarás.
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O contraste dos
profetas modernos com a ousadia de Alma me parece forte.
Além disso,
lembre-se de que este Alma era Alma, o filho, que tentou destruir a verdade e
matou os crentes até que recebeu um sinal na forma de um anjo que “falou como
se fosse a voz do trovão e toda a terra tremeu” (Alma 36:6-7). Agora, neste
versículo, essa mesma Alma deixa Corior mudo (e aparentemente surdo?
Versículo 51) como um sinal, o que leva à morte de Corior (versículo 59).
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50 Ora, quando
Alma pronunciou estas palavras, Corior ficou mudo, não podendo mais falar,
conforme as palavras de Alma.
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51 E então, quando
viu isso, o juiz supremo estendeu a mão e escreveu a Corior: Estás
convencido do poder de Deus? Em quem desejavas que Alma mostrasse seu sinal?
Quiseras que tivesse afligido a outros para dar-te um sinal? Eis que ele te
deu um sinal; e agora continuarás a duvidar?
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Aparentemente, ele
ficou surdo também?
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52 E Corior,
estendendo a mão, escreveu: Sei que estou mudo, porque não posso falar; e sei
que nada, a não ser o poder de Deus, poderia fazer-me isto; sim, e eu
sempre soube que existia um Deus.
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53 Mas eis que
o diabo me enganou, porque me apareceu na forma de um anjo e
disse-me: Vai e regenera este povo, porque todos se perderam, seguindo um
Deus desconhecido. E ele disse-me: Deus não existe; sim, e
ensinou-me o que eu deveria dizer. E eu ensinei as suas palavras; e
ensinei-as porque eram agradáveis à mente carnal; e ensinei-as até
obter muito êxito, tanto assim que eu realmente acreditei que eram
verdadeiras; e por essa razão opus-me à verdade, até trazer sobre mim esta
grande maldição.
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Quando pensa sobre
este versículo, é engraçado. Quero dizer, eu me pergunto quantos ateus hoje
não podem acreditar em Deus porque. . . o diabo apareceu para eles na forma
de um anjo? Isso não faz nenhum sentido. Talvez haja alguns ateus como assim,
mas eles devem ser uma porcentagem incrivelmente pequena da população de
ateus.
Em relação aos
anticristo do Livro de Mórmon, foi dito:
“Eles são todos de
uma raça e tipo; tão semelhantes que uma mente é a autora deles, e que uma
mente jovem e subdesenvolvida, mas piedosamente inclinada. A evidência que
tristemente submeto aponta para Joseph Smith como seu criador” (B. H.
Roberts, membro do Primeiro Quórum dos Setenta a partir de 1888, Dialogue: A Journal of Mormon Thought
Vol. 26, No. 3, perto da parte inferior p. 85, apenas em inglês).
Eu não poderia
concordar mais. Corior parece uma caricatura ingênua de ateus.
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54 Ora, tendo
dito isso, suplicou a Alma que orasse a Deus, pedindo que a maldição lhe
fosse tirada.
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55 Alma, porém,
disse-lhe: Se esta maldição te fosse tirada, tu novamente perverterias o
coração deste povo; portanto, faça-se contigo de acordo com a vontade do
Senhor.
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Isso faz algum
sentido? Vamos supor que Corior tenha uma mente tão desvairada ou
transtornada que, mesmo depois de ficar mudo (e surdo? Veja o versículo 51)
por Deus, e depois de ter a maldição suspensa, Corior decidira sair e tentar
novamente afastar os corações das pessoas. Deus não poderia fazer com que
Corior ficar mudo e surdo novamente?
Outro problema com
essa maldição é o argumento frequentemente usado sobre o problema do mal. O
problema é que, se Deus existe, ele permite um sofrimento indescritível,
incluindo o infligido por humanos sádicos. O argumento é que Deus permite
esse sofrimento infligido pelo homem, porque se ele o intercedesse e o parasse,
ele estaria interferindo ou diminuindo a arbítrio moral do agressor. No
entanto, essa maldição é um exemplo canonizado de Deus interceder por meio de
amaldiçoar um possível malfeitor para evitar o sofrimento (neste caso, o
sofrimento causado por ser guiado ao pecado).
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56 E aconteceu
que a maldição não foi tirada de Corior; mas ele foi expulso e ia de casa em
casa, mendigando alimento.
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57 Ora, a
notícia do que havia sucedido a Corior foi imediatamente anunciada em toda a
terra; sim, o juiz supremo enviou uma proclamação a todo o povo da terra,
declarando aos que haviam acreditado nas palavras de Corior que deveriam
arrepender-se rapidamente, para que o mesmo castigo não lhes sobreviesse.
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58 E aconteceu
que todos se convenceram da iniquidade de Corior; portanto, todos se
converteram novamente ao Senhor e isso pôs fim à iniquidade pregada por
Corior. E Corior ia de casa em casa mendigando comida para seu sustento.
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59 E aconteceu
que, ao andar no meio do povo, sim, um povo que se havia separado dos nefitas
e tomado o nome de zoramitas, sendo guiados por um homem cujo nome era
Zorã — e ao andar no meio deles, eis que foi atropelado e pisoteado
até a morte.
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60 E assim
vemos o fim daquele que perverte os caminhos do Senhor; e assim vemos também
que o diabo não amparará seus filhos no último dia, mas
arrasta-os rapidamente para o inferno.
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