Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 4
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1 E então
aconteceu que após ter dito as palavras que lhe haviam sido transmitidas pelo
anjo do Senhor, o rei Benjamim olhou para a multidão ao redor e eis que
haviam caído por terra, porque o temor do Senhor se havia apoderado
deles.
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Outro exemplo no
Livro de Mórmon de um grupo que está tão surpreso ou sobrecarregado pelo
Espírito que todos caem na terra.
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2 E haviam
visto a si mesmos em seu estado carnal, menos ainda que o pó da Terra. E
todos clamaram a uma só voz, dizendo: Oh! Tende misericórdia e aplicai o
sangue expiatório de Cristo, para que recebamos o perdão de nossos pecados e nosso
coração seja purificado; porque cremos em Jesus Cristo, o Filho de Deus,
que criou o céu e a Terra e todas as coisas; que descerá entre os
filhos dos homens.
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3 E aconteceu
que depois de haverem pronunciado essas palavras, o Espírito do Senhor desceu
sobre eles e encheram-se de alegria, havendo recebido a remissão de
seus pecados e tendo paz de consciência, por causa da
profunda fé que tinham em Jesus Cristo que haveria de vir, de
acordo com as palavras que o rei Benjamim lhes dissera.
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4 E o rei Benjamim
tornou a abrir a boca e falou-lhes, dizendo: Meus amigos e meus irmãos, minha
família e povo meu, quero novamente chamar a vossa atenção, para que possais
ouvir e entender o restante das palavras que vos direi.
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5 Pois eis que
se o conhecimento da bondade de Deus despertou agora em vós a consciência de
vossa nulidade, e de vosso estado indigno e decaído —
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6 Digo-vos que
se haveis adquirido conhecimento da bondade de Deus e de seu
incomparável poder e de sua sabedoria e de sua paciência e de sua longanimidade
para com os filhos dos homens; e também da expiação que foi
preparada desde a fundação do mundo, a fim de que, por ela, a
salvação possa vir para aquele que puser sua confiança no Senhor e
guardar diligentemente seus mandamentos e perseverar na fé até o fim da vida,
quero dizer, a vida do corpo mortal —
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7 Eu digo que
esse é o homem que recebe a salvação, por meio da expiação que foi preparada
desde a fundação do mundo para toda a humanidade que existiu, desde
a queda de Adão, ou que existe ou que existirá até o fim do mundo.
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8 E esse é o
meio pelo qual é concedida a salvação. E não há qualquer outra
salvação, a não ser esta que foi mencionada; tampouco há outras condições
pelas quais o homem possa ser salvo, exceto aquelas de que vos falei.
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9 Acreditai em
Deus; acreditai que ele existe e que criou todas as coisas, tanto no céu como
na Terra; acreditai que ele tem toda a sabedoria e todo o
poder, tanto no céu como na Terra; acreditai que o homem
não compreende todas as coisas que o Senhor pode compreender.
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Esta é uma premissa
particularmente interessante. Este versículo explica que os pensamentos e
caminhos de Deus estão acima do entendimento humano. Se D&C 19:6-12
também for considerado (onde Deus nos diz que Ele usa umas palavras diferente
da que é comumente entendida), então como podemos confiar em nossa
compreensão em relação a qualquer coisa sobre à vontade de Deus? Como alguém
saberia que não foi enganado e que os muçulmanos estão certos, ou que os
católicos são realmente os únicos com autoridade apostólica, especialmente
quando muitos deles afirmam que o Espírito de Deus disse que suas crenças são
as crenças verdadeiras?
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10 E novamente,
acreditai que vos deveis arrepender de vossos pecados e
abandoná-los e humilhar-vos diante de Deus; e pedir com sinceridade de
coração que ele vos perdoe; e agora, se acreditais em todas
estas coisas, vede que as façais.
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11 E digo-vos
novamente, como disse antes, que, como haveis adquirido conhecimento da
glória de Deus, ou seja, se haveis conhecido sua
bondade, experimentado seu amor e recebido a remissão de
vossos pecados, o que causa tão grande alegria a vossa alma, ainda assim
quisera que vos lembrásseis e sempre guardásseis na memória a grandeza de
Deus e vossa própria nulidade; e sua bondade e longanimidade
para convosco, indignas criaturas; e que vos humilhásseis com a mais
profunda humildade, invocando diariamente o nome do Senhor e
permanecendo firmes na fé naquilo que está para vir e que foi anunciado pela
boca do anjo.
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Eu acho que a
maioria concordaria que a humildade é um bom atributo. No entanto, esta
escritura nos fala de nosso “nulidade” e nossa “indignidade.” Para mim, isso
parece ir além de incentivar a humildade para promover a humilhação.
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12 E eis que
vos digo que, se fizerdes isso, sempre vos regozijareis e estareis cheios
do amor de Deus e conservareis sempre a remissão de vossos pecados;
e crescereis no conhecimento da glória daquele que vos criou, ou seja, no
conhecimento daquilo que é justo e verdadeiro.
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13 E não tereis
desejo de ferir-vos uns aos outros, mas, sim, de viver em paz e dar
a cada um de acordo com o que lhe é devido.
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14 E não
permitireis que vossos filhos andem famintos ou desnudos; nem
permitireis que transgridam as leis de Deus e briguem e disputem
entre si e sirvam ao diabo, que é o mestre do pecado, ou seja, que é o
espírito mau de quem nossos pais falaram, sendo ele inimigo de toda retidão.
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15 Ensiná-los-eis,
porém, a andarem nos caminhos da verdade e da sobriedade;
ensiná-los-eis a amarem-se uns aos outros e a servirem-se uns aos
outros.
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16 E também,
vós mesmos socorrereis os que necessitarem de vosso socorro; dareis
de vossos bens aos necessitados e não permitireis que o mendigo vos
peça em vão, afastando-o para que pereça.
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17 Talvez digais:
O homem trouxe sobre si sua miséria; portanto, deterei minha mão e não lhe
darei do meu sustento nem repartirei com ele meus bens a fim de que ele não
padeça, porque seus castigos são justos.
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18 Digo, porém,
ó homem, que quem faz isto tem grande necessidade de arrepender-se; e a menos
que se arrependa do que fez, perece para sempre e não tem lugar no reino de
Deus.
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19 Pois eis que
não somos todos mendigos? Não dependemos todos do mesmo Ser, sim, de Deus,
para obter todos os bens que temos, tanto alimentos como vestimentas e ouro e
prata e todas as riquezas de toda espécie que possuímos?
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20 E eis que,
mesmo agora, haveis invocado seu nome e suplicado a remissão de vossos
pecados. E permitiu ele que pedísseis em vão? Não; ele derramou sobre vós o
seu Espírito e fez com que se enchesse de alegria o vosso coração e
fez com que se fechasse a vossa boca para que não vos pudésseis exprimir, tão
grande era a vossa alegria.
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21 Ora, se
Deus, que vos criou, de quem depende vossa vida e tudo o que tendes e sois,
concede-vos todas as coisas justas que pedis com fé, acreditando que
recebereis, oh! então, quanto mais não deveríeis repartir os vossos
bens uns com os outros!
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22 E
se julgais o homem que pede de vossos bens para não perecer e o
condenais, quanto mais justa será a vossa condenação
por reterdes vossos bens, que não pertencem a vós, mas a Deus, a
quem também vossa vida pertence; e, contudo, nada pedis nem vos arrependeis
daquilo que haveis feito.
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23 Digo-vos: Ai
de tal homem, porque os seus bens perecerão com ele! E agora digo estas
coisas aos que são ricos no que toca às coisas deste mundo.
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24 E novamente
digo aos pobres, vós que não tendes e, ainda assim, tendes o suficiente para
passar de um dia para outro; refiro-me a todos vós, que negais ao mendigo
porque não tendes; quisera que dissésseis em vosso coração: Não dou porque
não tenho, mas se tivesse, daria.
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25 E agora, se
dizeis isto em vosso coração, não sois culpados; do contrário,
sois condenados e vossa condenação será justa, porque cobiçais
aquilo que não haveis recebido.
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26 E agora, por
causa das coisas que vos disse — isto é, para conservardes a remissão de
vossos pecados, dia a dia, a fim de que andeis sem culpa diante de
Deus — quisera que repartísseis vossos bens com os pobres,
cada um de acordo com o que possui, alimentando os famintos,
vestindo os nus, visitando os doentes e aliviando-lhes os sofrimentos, tanto
espiritual como materialmente, conforme as carências deles.
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27 E vede que
todas estas coisas sejam feitas com sabedoria e ordem; porque não se exige
que o homem corra mais rapidamente do que suas forças o permitam. E,
novamente, é necessário que ele seja diligente, para que assim possa ganhar o
galardão; portanto, todas as coisas devem ser feitas em ordem.
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28 E quisera
que vos lembrásseis de que qualquer de vós que pedir emprestado a seu vizinho
deverá devolver aquilo que tomou emprestado, de acordo com o que combinou;
pois do contrário cometerá pecado e fará, talvez, com que seu vizinho também
cometa pecado.
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29 E
finalmente, não vos posso dizer todas as coisas pelas quais podeis cometer
pecado; porque há vários modos e meios, tantos que não os posso enumerar.
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30 Isto, porém,
posso dizer-vos: se não tomardes cuidado com vós mesmos e
vossos pensamentos e vossas palavras e vossas obras; e se
não observardes os mandamentos de Deus nem continuardes tendo fé no que
ouvistes concernente à vinda de nosso Senhor, até o fim de vossa vida,
perecereis. E
agora, ó homem, lembra-te e não pereças.
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