Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 18
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1 E então
aconteceu que Alma, que havia fugido dos servos do rei
Noé, arrependeu-se de seus pecados e iniquidades; e andando
secretamente entre o povo, começou a ensinar as palavras de Abinádi;
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2 Sim, a
respeito do que estava por acontecer e também da ressurreição dos mortos e
da redenção do povo, que se realizariam pelo poder e
sofrimentos e morte de Cristo e sua ressurreição e ascensão ao céu.
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3 E ensinava a
todos os que desejavam ouvir suas palavras. E instruía-os secretamente, para
que isso não chegasse ao conhecimento do rei. E muitos acreditaram em suas palavras.
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4 E aconteceu
que todos os que creram nele se dirigiram para um lugar chamado
Mórmon, nome que fora dado pelo rei, ficando nas fronteiras da terra que, em
certas épocas ou estações, era infestada por animais selvagens.
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5 Ora, existia
em Mórmon uma fonte de água pura, onde Alma se refugiava; e, próximo à água,
havia um bosque de pequenas árvores, onde se escondia ele, durante o dia, das
buscas do rei.
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6 E aconteceu
que todos os que acreditavam nele para ali se dirigiam a fim de ouvir suas
palavras.
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7 E aconteceu
que, passados muitos dias, um grande número havia-se reunido nas paragens de
Mórmon para ouvir as palavras de Alma. Sim, todos os que acreditavam em suas
palavras estavam reunidos para ouvi-lo. E ele ensinou-os e
pregou-lhes arrependimento e redenção e fé no Senhor.
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8 E aconteceu
que ele lhes disse: Eis aqui as águas de Mórmon (pois assim eram chamadas); e
agora, sendo que desejais entrar no rebanho de Deus e ser
chamados seu povo; e sendo que estais dispostos a carregar os
fardos uns dos outros, para que fiquem leves;
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9 Sim, e estais
dispostos a chorar com os que choram; sim, e consolar os que necessitam de
consolo e servir de testemunhas de Deus em todos os momentos e em todas as
coisas e em todos os lugares em que vos encontreis, mesmo até a morte; para
que sejais redimidos por Deus e contados com os da primeira ressurreição,
para que tenhais a vida eterna —
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10 Agora vos
digo que, se for esse o desejo de vosso coração, o que vos impede de
serdes batizados em nome do Senhor, como um testemunho, perante
ele, de que haveis feito convênio com ele de servi-lo e guardar
seus mandamentos, para que ele possa derramar seu Espírito com mais
abundância sobre vós?
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11 E quando
ouviram estas palavras, bateram palmas de alegria e exclamaram: Esse é o
desejo de nosso coração.
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12 E então
aconteceu que Alma tomou a Helã, que era um dos primeiros, entrou na água e
clamou, dizendo: Ó Senhor, derrama o teu Espírito sobre o teu servo, para que
possa fazer este trabalho com santidade de coração!
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13 E havendo
dito estas palavras, o Espírito do Senhor desceu sobre ele e ele
disse: Helã, tendo autoridade do Deus Todo-Poderoso, eu
te batizo como testemunho de que fizeste convênio de servi-lo até
que estejas morto quanto ao corpo mortal; e que o Espírito do Senhor se
derrame sobre ti; e que te conceda a vida eterna, por meio da redenção de
Cristo, a quem ele preparou desde a fundação do mundo.
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14 E havendo
Alma pronunciado estas palavras, ambos, Alma e Helã,
foram sepultados na água; e levantaram-se e saíram da água
regozijando-se, estando cheios do Espírito.
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15 E outra vez
tomou Alma um outro, entrou pela segunda vez na água e batizou-o, como havia
feito com o primeiro, só que não sepultou a si mesmo outra vez na água.
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16 E desse modo
batizou todos os que haviam ido às paragens de Mórmon; e eram cerca de
duzentas e quatro almas: sim, e foram batizados nas águas de Mórmon
e encheram-se da graça de Deus.
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17 E foram
chamados Igreja de Deus, ou seja, Igreja de Cristo, daquele tempo
em diante. E aconteceu que todos os que eram batizados pelo poder e
autoridade de Deus eram somados a sua Igreja.
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18 E aconteceu
que Alma, tendo autoridade de Deus, ordenou sacerdotes; sim, um
sacerdote para cada cinquenta pessoas ordenou ele, para pregar-lhes
e ensinar-lhes sobre as coisas pertencentes ao reino de Deus.
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19 E mandou que
não ensinassem senão as coisas que ele ensinara, as quais haviam sido
declaradas pela boca dos santos profetas.
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20 Sim,
mandou-lhes que não pregassem senão arrependimento e fé no Senhor,
que redimira seu povo.
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21 E
mandou-lhes que não contendessem entre si, mas que olhassem para a
frente com um único fito, tendo uma fé e um batismo, tendo os
corações entrelaçados em unidade e amor uns para com os outros.
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22 Deste modo
mandou que eles pregassem. E tornaram-se, assim, filhos de Deus.
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23 E
mandou-lhes que observassem o dia do sábado, que o santificassem e que,
também, todos os dias rendessem graças ao Senhor seu Deus.
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24 E também
mandou que os sacerdotes que ele ordenara trabalhassem com as
próprias mãos para o seu sustento.
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25 E
designou-se um dia de cada semana no qual deveriam reunir-se para ensinar o
povo e adorar ao Senhor seu Deus; e deveriam também reunir-se
tantas vezes quantas lhes fosse possível.
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26 E os
sacerdotes não deveriam depender do povo para o seu sustento; mas, pelo seu
trabalho, receberiam a graça de Deus, a fim de fortalecer-se
no Espírito, tendo conhecimento de Deus para ensinar com poder e
autoridade de Deus.
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27 E novamente
mandou Alma que o povo da Igreja partilhasse seus bens, cada um de
acordo com o que tivesse; quem tivesse com mais abundância deveria partilhar
com mais abundância; daquele que tivesse pouco, pouco seria requerido; e quem
nada tivesse, a esse seria dado.
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28 E assim, de
sua livre vontade e devido a seus bons desejos em relação a Deus, deveriam
partilhar seus bens com os sacerdotes necessitados, sim, e com toda alma
necessitada e nua.
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29 E isso lhes
disse ele, por ordem de Deus; e andaram retamente diante de
Deus, ajudando-se uns aos outros, tanto material como
espiritualmente, de acordo com suas necessidades e carências.
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30 E aconteceu
que tudo isto se passou em Mórmon, sim, junto às águas de Mórmon, no
bosque que existia perto das águas de Mórmon; sim, as paragens de Mórmon, as
águas de Mórmon, o bosque de Mórmon, quão belos são eles aos olhos dos
que ali vieram a ter conhecimento de seu Redentor; sim, e quão abençoados são
eles, porque lhe cantarão louvores para sempre!
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Com toda a
redundância aqui, parece plausível que isso viria de uma gravação em placas
de metal?
“Não posso escrever senão poucas de minhas palavras, devido à dificuldade de
gravá-las em placas” (Jacó 4:1).
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31 E estas
coisas foram feitas nas fronteiras daquela terra, para que não
chegassem ao conhecimento do rei.
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32 Mas eis que
o rei, havendo descoberto um movimento entre os de seu povo, enviou seus
servos para vigiá-los. Por conseguinte, no dia em que se estavam reunindo
para ouvir a palavra do Senhor, foram denunciados ao rei.
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33 E o rei
disse que Alma estava incitando as pessoas a rebelarem-se contra ele;
portanto, enviou seu exército para destruí-los.
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34 E aconteceu
que Alma e o povo do Senhor foram avisados da vinda do exército do
rei; portanto, tomaram suas tendas e suas famílias e partiram para o deserto.
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35 E eram
aproximadamente quatrocentas e cinquenta almas.
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