Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 19
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1 E aconteceu
que o exército do rei voltou, tendo procurado inutilmente pelo povo do
Senhor.
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2 Ora, eis que
as forças do rei eram pequenas, tendo sido reduzidas; e começou a haver uma
divisão entre o restante do povo.
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3 E a parte
menos numerosa começou a fazer ameaças ao rei e iniciou-se uma grande
contenda entre eles.
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4 E havia entre
eles um homem cujo nome era Gideão, que, sendo muito forte e inimigo do rei,
desembainhou sua espada e jurou, em sua ira, que haveria de matar o
rei.
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A única arma
pré-colombiana que eu descobri que era semelhante a uma espada era a
macuahuitl, que era feita com uma tábua de madeira de forma semelhante a um
bastão de críquete com lâminas de obsidiana montadas nas bordas. É semelhante
o suficiente para uma espada que é muitas vezes referida como a espada
asteca.
No entanto, o
macuahuitl não parece se encaixar no período de tempo do Livro de Mórmon.
“Alguns grupos do México central, principalmente na transição entre o
começo e o fim do período pós-clássico, provavelmente desenvolveram essa
arma” (ênfase adicionada, Dr. Marco Antonio Cervera Obregón, “The macuahuitl:
an innovative weapon of the Late Post-Classic in Mesoamerica,” Arms &
Armour, Vol.3, Nov. 2, 2006, p. 146, artigo de um periódico de pesquisa, apenas em inglês). O período
pós-clássico é entre 900 dC e a conquista espanhola.
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5 E aconteceu
que lutou com o rei; e quando viu que estava para ser subjugado por ele, o
rei fugiu e correu e subiu à torre que ficava perto do templo.
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6 E Gideão
perseguiu-o e estava para subir à torre, a fim de matar o rei; e o rei lançou
os olhos na direção da terra de Senlon e eis que o exército dos lamanitas
estava dentro das fronteiras da terra.
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7 E então o rei
clamou com toda a angústia de sua alma, dizendo: Gideão, poupa-me, porque os
lamanitas estão sobre nós e destruir-nos-ão; sim, destruirão o meu povo.
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8 Ora, o rei
não estava tão preocupado com o seu povo como com a própria vida; não
obstante, Gideão poupou-lhe a vida.
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9 E o rei
ordenou ao povo que fugisse dos lamanitas e ele próprio saiu à frente deles;
e fugiram para o deserto com suas mulheres e seus filhos.
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10 E aconteceu
que os lamanitas os perseguiram e alcançaram-nos e começaram a matá-los.
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11 Ora,
aconteceu que o rei ordenou a todos os homens que abandonassem as esposas e
filhos e fugissem dos lamanitas.
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12 Muitos,
porém, não quiseram abandoná-los, preferindo ficar e morrer com eles. E os
outros deixaram as esposas e filhos e fugiram.
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13 E aconteceu
que os que ficaram com as esposas e filhos fizeram com que suas belas filhas
saíssem ao encontro dos lamanitas e intercedessem por eles, para que não os
matassem.
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14 E aconteceu
que os lamanitas tiveram compaixão deles, porque a beleza das mulheres os
cativou.
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15 Portanto, os
lamanitas lhes pouparam a vida e levaram-nos cativos de volta para a terra de
Néfi, permitindo-lhes ocupar a terra com a condição de entregarem o rei Noé
nas mãos dos lamanitas, bem como as propriedades deles e até mesmo a metade
de tudo que possuíam, a metade de seu ouro e de sua prata e de todas as suas
coisas preciosas, como tributo a ser pago ao rei dos lamanitas de ano em ano.
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16 E um dos
filhos do rei estava entre os que foram aprisionados; e seu nome
era Lími.
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17 E Lími
desejava que seu pai não fosse morto; não obstante, sendo um homem justo,
Lími não ignorava as iniquidades de seu pai.
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18 E aconteceu
que Gideão enviou homens ao deserto, secretamente, para procurarem o rei e os
que estavam com ele. E aconteceu que encontraram o povo no deserto, com
exceção do rei e seus sacerdotes.
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19 Ora, eles
haviam jurado em seu coração que voltariam à terra de Néfi e que, se suas
mulheres e filhos houvessem sido mortos, assim como os homens que com eles
haviam ficado, se vingariam e também pereceriam com eles.
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20 E o rei
ordenou-lhes que não voltassem; e iraram-se contra o rei e fizeram-no padecer
a morte pelo fogo.
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21 E estavam
também para prender os sacerdotes e tirar-lhes a vida, mas estes fugiram
deles.
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22 E aconteceu
que estavam para voltar à terra de Néfi, quando encontraram os homens de
Gideão. E os homens de Gideão contaram-lhes tudo o que havia acontecido às
suas esposas e aos seus filhos; e que os lamanitas lhes haviam permitido
ocupar a terra se pagassem, como tributo aos lamanitas, metade de tudo quanto
possuíssem.
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23 E os do povo
contaram aos homens de Gideão que haviam matado o rei e que seus sacerdotes
haviam fugido deles, deserto adentro.
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24 E aconteceu
que depois de haverem terminado a cerimônia, voltaram para a terra de Néfi,
regozijando-se porque suas mulheres e filhos não haviam sido mortos; e
contaram a Gideão o que haviam feito ao rei.
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25 E aconteceu
que o rei dos lamanitas lhes fez um juramento de que seu povo não os mataria.
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26 E também
Lími, sendo filho do rei e tendo-lhe sido conferido o
reinado pelo povo, fez juramento ao rei dos lamanitas de que seu
povo lhe pagaria tributo, sim, a metade de tudo quanto possuísse.
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27 E aconteceu
que Lími começou a estabelecer o reino e a estabelecer a paz entre seu povo.
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28 E o rei dos
lamanitas espalhou guardas pela terra, para nela manter o povo de Lími e
evitar que partissem para o deserto; e sustentava seus guardas com o tributo
que recebia dos nefitas.
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29 Ora, o rei
Lími gozou de paz contínua em seu reino pelo espaço de dois anos, sendo que
os lamanitas não os molestaram nem procuraram destruí-los.
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