Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 12
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1 Ora, vendo
que as palavras de Amuleque haviam silenciado Zeezrom, pois dera-se conta de
que Amuleque o havia apanhado em suas mentiras e ardis para
destruí-lo; e vendo que ele começava a tremer, consciente de sua
culpa, Alma abriu a boca e começou a falar-lhe e a confirmar as palavras de
Amuleque e a explicar outras coisas, ou seja, a esclarecer as escrituras além
daquilo que Amuleque fizera.
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Seria ótimo se fosse
assim que os profetas modernos funcionavam. Infelizmente, eles não não têm
tanta ousadia e, na verdade, se confundiram facilmente.
Um exemplo que vem à
mente é o Élder Jeffrey Holland ter de recuar quando foi apontado que sua
resposta não era verdadeira no documentário da BBC “The Mormon Candidate” (A
entrevista com Élder Holland começa em aproximadamente 1:21
neste vídeo, apenas em inglês).
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2 Ora, as
palavras que Alma disse a Zeezrom foram ouvidas pelo povo ao redor; pois a
multidão era grande; e ele falou deste modo:
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3 Agora,
Zeezrom, visto que foste apanhado em tuas mentiras e artimanhas, pois não
mentiste somente aos homens, mas também a Deus; pois eis que ele conhece
todos os teus pensamentos e vês que os teus pensamentos nos são
manifestados por seu Espírito;
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4 E vês que
sabemos que teu plano foi um plano muito sutil, segundo a sutileza do diabo,
para mentir e enganar este povo a fim de incitá-lo contra nós, para
ultrajar-nos e expulsar-nos.
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5 Ora, esse era
um plano de teu adversário e ele exerceu seu poder sobre ti. Agora
eu quisera que te lembrasses de que o que te digo, digo a todos.
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6 E eis que vos
digo, a vós todos, que foi uma armadilha do adversário, que ele preparou
para pegar este povo a fim de poder subjugar-vos e amarrar-vos com
suas correntes, para arrastar-vos à destruição eterna segundo o poder de
seu cativeiro.
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7 Ora, quando
Alma disse estas palavras, Zeezrom começou a tremer ainda mais, pois
convencia-se cada vez mais do poder de Deus; e também estava convencido de
que Alma e Amuleque sabiam sobre ele, porque estava convencido de que eles
conheciam os pensamentos e as intenções de seu coração; porque a eles havia
sido dado o poder de conhecer essas coisas, segundo o espírito de profecia.
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8 E Zeezrom
começou a inquiri-los cuidadosamente, a fim de saber mais a respeito do reino
de Deus. E disse a Alma: Que significa o que Amuleque disse com referência à
ressurreição dos mortos, que todos se levantarão dentre os mortos, tanto os
justos como os injustos, e serão levados perante Deus para serem julgados
segundo suas obras?
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9 E então Alma
começou a explicar-lhe essas coisas, dizendo: É dado a muitos conhecer
os mistérios de Deus; é-lhes, porém, absolutamente proibido
divulgá-los, a não ser a parte de sua palavra que ele concede aos
filhos dos homens de acordo com a atenção e diligência que lhe dedicam.
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10 E, portanto,
aquele que endurecer o coração receberá a parte menor da
palavra; e o que não endurecer o coração, a ele
será dada a parte maior da palavra, até que lhe seja dado conhecer
os mistérios de Deus, até que os conheça na sua plenitude.
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11 E aos que
endurecerem o coração será dada a menor parte da palavra, até
que nada saibam a respeito de seus mistérios; e serão então
escravizados pelo diabo e levados por sua vontade à destruição. Ora, é isto o
que significam as correntes do inferno.
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12 E Amuleque
falou claramente a respeito da morte e de sermos elevados desta
mortalidade a um estado de imortalidade; e de sermos levados perante o
tribunal de Deus para sermos julgados segundo nossas obras.
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13 Então, se
nosso coração se endurecer, sim, se endurecermos o coração contra a palavra,
a tal ponto que em nós ela não seja encontrada, então nossa condição será
terrível; porque então seremos condenados.
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14 Porque
nossas palavras nos condenarão, sim, todas as nossas obras nos
condenarão; não seremos considerados sem mancha e nossos pensamentos também
nos condenarão; e nesse terrível estado não nos atreveremos a olhar para o
nosso Deus; e dar-nos-íamos por felizes se pudéssemos ordenar às pedras
e montanhas que caíssem sobre nós, para esconder-nos de
sua presença.
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15 Isto, porém,
não pode acontecer. Teremos que nos apresentar perante ele em sua glória e em
seu poder e em sua força, majestade e domínio; e reconhecer, para nossa
eterna vergonha, que todos os seus julgamentos são justos; que
ele é justo em todas as suas obras e que ele é misericordioso para com os
filhos dos homens; e que ele tem todo o poder para salvar cada homem que crê
em seu nome e apresenta frutos dignos do arrependimento.
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16 E agora, eis
que vos digo que então virá a morte, sim, uma segunda morte que é a
morte espiritual; então será o tempo em que aquele que morrer em seus
pecados, quanto à morte física, sofrerá também uma morte
espiritual, sim, morrerá para as coisas ligadas à retidão.
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17 Terá então
chegado o tempo em que seus tormentos serão como um lago de fogo e
enxofre, cujas flamas ascendem para todo o sempre; e então terá chegado o
tempo em que serão acorrentados a uma destruição eterna, segundo o
poder e o cativeiro de Satanás, tendo-os ele subjugado de acordo com a sua
vontade.
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O qualificador para
a palavra “destruição” neste versículo é “eterna.” Não está claro o que isso
significa exatamente, desde que, de acordo com D&C 19:6-12, as palavras
“infinito” e “eterno” não significam sem fim quando se trata de “tormento infinito”
ou “condenação eterna.” Esses versículos de D&C explicam que “infinito” e
“eterno” são usados porque “é mais expresso do que outras escrituras, que
pode funcionar no coração dos filhos dos homens.” Quando as pessoas lêem
essas palavras no Livro de Mórmon, como eles provavelmente entendem as
palavras “infinito” e “eterno”? É comunicação honesta para o Livro de Mórmon
usar estas palavras se D&C 19 revela o significado real delas?
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18 Digo-vos,
então, que eles estarão como se não tivesse havido redenção alguma;
porque não poderão ser redimidos segundo a justiça de Deus; e não
poderão morrer, por não haver mais corrupção.
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19 Ora,
aconteceu que quando Alma terminou de dizer estas palavras, o povo começou a
ficar mais admirado.
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20 Mas havia um
certo Antiona, que era governante principal entre eles, o qual se adiantou e
perguntou-lhe: Que significa isso que disseste, que o homem ressuscitará
dentre os mortos e será transformado deste estado mortal para um estado imortal
e que a alma nunca pode morrer?
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21 Que
significado tem a escritura quando diz que Deus colocou querubins e
uma espada flamejante a oriente do jardim do Éden, para que
nossos primeiros pais não entrassem e não comessem do fruto da árvore da vida
e vivessem para sempre? E vemos, assim, que não havia possibilidade de
viverem para sempre.
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A única arma
pré-colombiana que eu descobri que era semelhante a uma espada era a
macuahuitl, que era feita com uma tábua de madeira de forma semelhante a um
bastão de críquete com lâminas de obsidiana montadas nas bordas. É semelhante
o suficiente para uma espada que é muitas vezes referida como a espada
asteca.
No entanto, o
macuahuitl não parece se encaixar no período de tempo do Livro de Mórmon.
“Alguns grupos do México central, principalmente na transição entre o
começo e o fim do período pós-clássico, provavelmente desenvolveram essa
arma” (ênfase adicionada, Dr. Marco Antonio Cervera Obregón, “The macuahuitl:
an innovative weapon of the Late Post-Classic in Mesoamerica,” Arms &
Armour, Vol.3, Nov. 2, 2006, p. 146, artigo de um periódico de pesquisa, apenas em inglês). O período
pós-clássico é entre 900 dC e a conquista espanhola.
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22 E disse-lhe
Alma: Isso é o que eu estava prestes a explicar. Ora, sabemos que
Adão caiu quando comeu do fruto proibido, segundo a palavra
de Deus; e vemos assim que, por sua queda, toda a humanidade se transformou
num povo perdido e decaído.
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23 E agora eis
que vos digo que, se tivesse sido possível a Adão comer do fruto da
árvore da vida naquela ocasião, não teria havido morte; e a palavra teria
sido vã, fazendo de Deus um mentiroso, porque ele
disse: Se comeres, certamente morrerás.
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24 E vemos que
a morte atinge a humanidade, sim, a morte de que falou Amuleque,
que é a morte física; no entanto foi concedido ao homem um tempo no
qual poderia arrepender-se; portanto, esta vida se tornou um estado de
provação; um tempo de preparação para o encontro com Deus; um tempo
de preparação para aquele estado sem fim do qual falamos, que virá depois da
ressurreição dos mortos.
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25 Ora, se não
tivesse sido pelo plano de redenção que foi estabelecido desde a
fundação do mundo, não poderia haver ressurreição dos mortos; mas
foi estabelecido um plano de redenção que levará a efeito a ressurreição dos
mortos da qual se falou.
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26 E agora, eis
que se tivesse sido possível que nossos primeiros pais comessem
da árvore da vida, ter-se-iam tornado eternamente miseráveis, privados
do estado de preparação; e assim o plano de redenção teria sido
frustrado e a palavra de Deus teria sido vã, não tendo qualquer efeito.
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27 Eis, porém,
que isso não aconteceu, mas foi decretado que os homens morreriam;
e depois da morte eles deveriam ir a julgamento, sim, o mesmo julgamento
do qual falamos, que é o fim.
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28 E depois de
Deus haver decretado que estas coisas aconteceriam ao homem, eis que viu que
era conveniente que os homens soubessem das coisas que decretara para eles.
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29 Enviou,
portanto, anjos para conversarem com eles, os quais fizeram com que
os homens contemplassem sua glória.
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30 E dali em
diante começaram a invocar seu nome; portanto, Deus conversou com
os homens e revelou-lhes o plano de redenção que havia sido
preparado desde a fundação do mundo; e isso lhes revelou segundo
sua fé e arrependimento e suas obras santas.
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31 Portanto,
deu mandamentos aos homens, tendo eles antes transgredido
os primeiros mandamentos relativos às coisas que eram terrenas,
tornando-se como deuses, discernindo o bem do mal, colocando-se em
condições de agir, ou seja, sendo colocados em condições de agir segundo
a sua vontade e prazer, para fazer o mal ou para fazer o bem —
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Este versículo
ensina que pela transgressão de comer o fruto da árvore do conhecimento, o
homem chegou a saber a diferença entre o bem e o mal, e que isto os colocou
no estado para agir, ou em outras palavras, os colocou em um estado de ter
arbítrio moral.
No entanto, antes
disso, na guerra do Céu, um terço dos exércitos do céu foram lançados nas
trevas exteriores por transgredirem. Houve um julgamento antes da mortalidade
que indica que já havia arbítrio moral. Esses
ensinamentos parecem incompatíveis.
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32 Portanto,
depois de ter-lhes revelado o plano de redenção, Deus lhes deu
mandamentos para que não praticassem o mal, sob pena de uma
segunda morte, que era uma morte eterna com referência às coisas ligadas
à retidão; pois sobre esses o plano de redenção não teria poder porque, de
acordo com a suprema bondade de Deus, as obras de retidão não
poderiam ser destruídas.
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33 Deus, porém,
chamou os homens em nome de seu Filho (sendo esse o plano de redenção que foi
estabelecido), dizendo: Se vos arrependerdes e não endurecerdes o coração,
então terei misericórdia de vós por intermédio de meu Filho Unigênito.
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34 Portanto,
todo aquele que se arrepender e não endurecer o coração terá direito
à misericórdia, por intermédio de meu Filho Unigênito, para
a remissão de seus pecados; e esses entrarão no meu descanso.
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35 E todo
aquele que endurecer o coração e praticar iniquidade, eis que juro, na minha
ira, que não entrará no meu descanso.
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36 E agora,
meus irmãos, eis que vos digo que, se endurecerdes o coração, não entrareis
no descanso do Senhor, porquanto vossa iniquidade o provoca a enviar a sua
ira sobre vós como na primeira provocação, sim, segundo sua palavra na
última provocação, tanto quanto na primeira, para a eterna destruição
de vossa alma; portanto, segundo sua palavra, na derradeira morte, assim como
na primeira.
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O qualificador para
a palavra “destruição” neste versículo é “eterna.” Não está claro o que isso
significa exatamente, desde que, de acordo com D&C 19:6-12, as palavras
“infinito” e “eterno” não significam sem fim quando se trata de “tormento
infinito” ou “condenação eterna.” Esses versículos de D&C explicam que
“infinito” e “eterno” são usados porque “é mais expresso do que outras
escrituras, que pode funcionar no coração dos filhos dos homens.” Quando as
pessoas lêem essas palavras no Livro de Mórmon, como eles provavelmente
entendem as palavras “infinito” e “eterno”? É comunicação honesta para o
Livro de Mórmon usar estas palavras se D&C 19 revela o significado real
delas?
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37 E agora,
meus irmãos, já que conhecemos estas coisas e são verdadeiras,
arrependamo-nos e não endureçamos o coração, para não provocar o
Senhor nosso Deus a lançar a sua ira sobre nós nestes segundos mandamentos
que nos deu; entremos, porém, no descanso de Deus, que está preparado
segundo sua palavra.
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