Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 2
|
|
1 E aconteceu
que no quadragésimo segundo ano do governo dos juízes, depois de Moronia
haver restabelecido a paz entre os nefitas e lamanitas, eis que ninguém havia
para ocupar a cadeira de juiz; portanto, o povo começou novamente a contender
a respeito de quem deveria ocupar a cadeira de juiz.
|
|
2 E aconteceu
que Helamã, que era filho de Helamã, foi escolhido pela voz do povo para
ocupar a cadeira de juiz.
|
|
3 Mas eis
que Quiscúmen, que assassinara Paorã, pôs-se à espreita, para também
destruir Helamã; e ele foi apoiado por seu bando, que havia feito um pacto
para que ninguém ficasse sabendo de suas iniquidades.
|
|
4 Pois havia um
certo Gadiânton, que era sobremaneira hábil no falar e também muito
astuto para levar a efeito planos secretos de assassinatos e pilhagens;
portanto, se tornou o chefe do bando de Quiscúmen.
|
|
5 Por
conseguinte, lisonjeando-os e também lisonjeando Quiscúmen, prometera
conceder àqueles que pertenciam ao seu bando poder e autoridade sobre o povo,
se eles o colocassem na cadeira de juiz; portanto, Quiscúmen procurou
destruir Helamã —
|
|
6 E aconteceu
que quando se dirigia para a cadeira de juiz a fim de destruir Helamã, eis
que um dos servos de Helamã, que havia saído durante a noite e obtido, por
meio de um disfarce, conhecimento dos planos que haviam sido forjados pelo
bando para destruir Helamã —
|
|
7 E aconteceu
que ele encontrou Quiscúmen e deu-lhe um sinal; portanto, Quiscúmen lhe
revelou seu objetivo, pedindo-lhe que o conduzisse à cadeira do juiz, a fim
de que ele assassinasse Helamã.
|
|
8 E quando o
servo de Helamã se inteirou das intenções de Quiscúmen e de que seu objetivo
era matar; e de que o objetivo dos que pertenciam ao seu bando era matar e
roubar e obter poder (e eram estes seus planos secretos e suas
combinações), o servo de Helamã disse a Quiscúmen: Vamos até a cadeira do
juiz.
|
|
9 Ora, isto
agradou consideravelmente a Quiscúmen, pois supôs que poderia executar seus
desígnios; mas eis que, ao se encaminharem para a cadeira de juiz, o servo de
Helamã apunhalou Quiscúmen no coração, de modo que ele caiu morto sem um
gemido. E ele correu para contar a Helamã tudo o que tinha visto, ouvido e
feito.
|
|
10 E aconteceu
que Helamã ordenou que prendessem esse bando de ladrões e assassinos
secretos, a fim de que fossem executados de acordo com a lei.
|
|
11 Eis, porém,
que ao perceber que Quiscúmen não voltava, Gadiânton ficou com medo de ser
destruído; consequentemente, fez com que seu bando o seguisse. E fugiram da
terra para o deserto por um caminho secreto, de modo que quando Helamã os
mandou prender, não foram encontrados em lugar algum.
|
|
12 E mais sobre
esse Gadiânton será exposto adiante. E assim terminou o quadragésimo segundo
ano em que os juízes governaram o povo de Néfi.
|
|
13 E eis que no
fim deste livro vereis que esse mesmo Gadiânton veio a ser a causa
da ruína, sim, da destruição quase completa do povo de Néfi.
|
|
14 Eis que não
me refiro ao fim do livro de Helamã, mas refiro-me ao fim do livro de Néfi,
do qual tirei todo o relato que escrevi.
|
|