Do Livro de Mórmon |
Anotações |
Capítulo 16
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1 E então
aconteceu que após Abinádi ter dito estas palavras, estendeu a mão e disse:
Tempo virá em que todos verão a salvação do Senhor; em que toda
nação, tribo, língua e povo verá olho a olho e confessará, diante de
Deus, que seus julgamentos são justos.
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2 E então os
ímpios serão expulsos e terão motivo para uivar e chorar
e lamentar-se e ranger os dentes; e isto porque não deram ouvidos à
voz do Senhor; portanto, o Senhor não os redime.
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3 Porque eles
são carnais e diabólicos e o diabo tem poder sobre eles;
sim, aquela velha serpente que enganou nossos primeiros pais, que
foi a causa de sua queda; que fez com que toda a humanidade se tornasse
carnal, sensual, diabólica, distinguindo o mal do bem,
sujeitando-se ao diabo.
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4 Assim, toda a
humanidade estava perdida; e eis que estaria para sempre perdida se Deus
não houvesse redimido seu povo do estado de perdição e queda.
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5 Lembrai-vos,
porém, de que aquele que persiste em sua própria natureza carnal e
segue os caminhos do pecado e da rebelião contra Deus, permanece em seu
estado decaído e o diabo tem todo poder sobre ele. Portanto, permanece como
se não tivesse havido redenção, sendo inimigo de Deus; e também o diabo
é inimigo de Deus.
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6 E agora,
falando-se de coisas futuras como se elas já houvessem acontecido,
se Cristo não tivesse vindo ao mundo, não poderia ter havido redenção.
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7 E se Cristo
não houvesse ressuscitado dos mortos nem rompido as ligaduras da morte, para
que a sepultura não tivesse vitória nem aguilhão tivesse a morte,
não poderia ter havido ressurreição.
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8 Há, porém, uma ressurreição;
portanto, a sepultura não tem vitória e o aguilhão da morte é
desfeito em Cristo.
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9 Ele é
a luz e a vida do mundo; sim, uma luz sem fim, que nunca poderá ser
obscurecida; sim, e também uma vida que é infinita, de modo que não pode mais
haver morte.
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10 Isto que é
mortal se revestirá de imortalidade e isto que é corrupção se
revestirá de incorruptibilidade; e serão levados diante do tribunal de Deus,
a fim de serem julgados por ele de acordo com as suas obras, sejam
elas boas ou sejam elas más —
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11 Se forem
boas, para a ressurreição da vida eterna e felicidade; e se
forem más, para a ressurreição da condenação eterna, sendo
entregues ao diabo que os dominou, o que é condenação —
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De acordo com
D&C 19:6-12, as palavras “infinito” e “eterno” não significam sem fim
quando se trata de “tormento infinito” ou “condenação eterna.” Esses
versículos da D&C explicam que essas palavras são usadas porque, “é mais
expresso do que outras escrituras, que pode funcionar no coração dos filhos
dos homens.” Como é que as pessoas provavelmente entendem essas palavras
quando as lêem? É comunicação honesta para o Livro de Mórmon usar estas
palavras se D&C 19 revela o significado real delas?
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12 Havendo
seguido suas próprias vontades e desejos carnais; não havendo nunca procurado
o Senhor enquanto os braços de misericórdia lhes estavam
estendidos, porque os braços de misericórdia lhes foram estendidos e não os
aceitaram; havendo sido admoestados de suas iniquidades, ainda assim não
quiseram afastar-se delas; e foi-lhes ordenado que se arrependessem e,
contudo, não se arrependeram.
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13 E agora, não
deveis tremer e arrepender-vos de vossos pecados e lembrar-vos de que somente
em Cristo e por meio dele podereis ser salvos?
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14 Portanto, se
ensinais a lei de Moisés, ensinai também que ela é uma prefiguração
das coisas que estão para vir —
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15 Ensinai-lhes
que a redenção é alcançada por meio de Cristo, o Senhor, que é o
próprio Pai Eterno. Amém.
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Este versículo diz,
“Cristo, o Senhor, que é o próprio Pai Eterno.”
Alguns defendem as referências do Livro de Mórmon que parecem ensinar a
doutrina cristã tradicional da Santa Trindade, dizendo que essas referências
não contradizem a atual doutrina Mórmon da Trindade (veja The Doctrine of God the Father in the Book of Mormon, apenas em inglês), mas no contexto
da doutrina ensinada nas “Palestras Sobre a Fé,” quão sólida é essa defesa?
Das “Palestras Sobre
a Fé” que estava em Doutrina e Convênios até a edição de 1921:
“O Pai sendo um
personagem de espírito, glória e poder, possuindo toda a perfeição e
plenitude. O Filho, que estava no seio do Pai, é um personagem de
tabernáculo. . . Ele é chamado o Filho por causa da carne. . . Ele, possuindo
a mesma mente com o Pai, que mente é o Espírito Santo que testifica do Pai e
do Filho.”
“Perguntas e
Respostas para a Palestra 5
3. P -
Quantas pessoas existem na Trindade?
R -
Dois: o Pai e o Filho (Palestra 5: 1).
13. P - O Pai
e o Filho possuem a mesma mente?
R - Sim,
eles a possuem. . .
14. P - O que
é essa mente?
R - O
Espírito Santo”
(Palestra 5, apenas em inglês).
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